
O Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT) vai disponibilizar meio milhão de reais ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) do estado para aquisição de insumos necessários à manutenção dos respiradores destinados ao uso de pacientes afetados pela covid-19 no estado. O compromisso foi feito por meio de um termo de fomento emergencial e simplificado.
O termo, firmado pelos presidentes da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEMT), Gustavo de Oliveira, e do TCE-MT, Guilherme Maluf, além da diretora regional do SENAI Lélia Brun, prevê suporte financeiro à iniciativa no valor de R$ 500 mil, por parte do tribunal.
O TCE, via Portaria nº 46/2020, já havia criado o grupo de trabalho para apoiar ações de combate à covid-19 e identificou a existência de 87 respiradores mecânicos indisponíveis na rede pública hospitalar de Cuiabá e Várzea Grande, por meio de um questionário de pesquisa institucional.
Por outro lado, o SENAI está à frente de uma força tarefa nacional voltada a prover serviços de manutenção e reestabelecimento de respiradores mecânicos instalados.
A iniciativa Manutenção de Respiradores reúne centenas de engenheiros e técnicos em todo o país – sendo que, em Mato Grosso, a manutenção ficou concentrada nas unidades de Várzea Grande e Rondonópolis.
A importância da parceria para o Mato Grosso
Após avaliar o cenário, o tribunal decidiu conceder o apoio, voltado à recuperação dos 87 respiradores identificados pela pesquisa. A execução dos trabalhos referentes ao termo ficará por conta da unidade SENAI em Várzea Grande, que deverá empregar os recursos exclusivamente na manutenção e reparo dos equipamentos – e prestar contas da aplicação ao tribunal.
O presidente do TCE, Guilherme Maluf, afirmou que a iniciativa é muito importante pelo momento que estamos vivendo, pois sequer existem fornecedores. "É uma grande contribuição para o combate ao coronavírus e deve servir de inspiração para outras instituições", comentou Maluf.
Já o presidente da FIEMT, Gustavo de Oliveira, lembra que a manutenção dos respiradores teria um custo médio de R$ 15 mil aos cofres públicos, se realizada em estabelecimentos privados convencionais.
Com a mão de obra e suporte técnico do SENAI somados a recursos financeiros de instituições como o TCE, o Estado pode economizar mais de R$ 1 milhão na manutenção de 100 respiradores.
"A economia é muito maior quando o valor da manutenção é comparado ao custo de um equipamento novo, que pode passar dos R$ 100 mil", informa o presidente.
A estimativa é que sejam necessários 300 desses equipamentos em bom funcionamento para garantir o atendimento. Nos primeiros dias de ação, quase 30 respiradores já foram encaminhados aos serviços do SENAI.
A Indústria contra o coronavírus: vamos juntos superar essa crise
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