Saúde é um valor imprescindível para pessoas, empresas e governos, diz diretor superintendente do SESI

Rafael Lucchesi participou da abertura do II Seminário Internacional SESI de Saúde Suplementar nesta segunda-feira (24), em São Paulo, juntamente com o presidente da ANS, Leandro Fonseca

A saúde é um valor imprescindível não apenas para as pessoas, mas também para empresas e governos. A afirmação é do diretor superintendente do Serviço Social da Indústria (SESI), Rafael Lucchesi, durante abertura do II Seminário Internacional SESI de Saúde Suplementar, realizado nesta terça-feira (24), em São Paulo. “Um sistema de saúde eficiente está diretamente relacionado ao desenvolvimento do país, das empresas e dos trabalhadores, resultado, assim, em colaboradores aptos e capazes de desenvolver seu potencial produtivo”, destacou.

O evento reúne cerca de 500 representantes empresariais, de governo e de operadoras e prestadores de serviço de saúde para debater tendências em qualidade de serviços e redução de custos com saúde suplementar por meio de experiências internacionais bem-sucedidas. No Brasil, a sociedade financia R$ 198 bilhões ao ano na cobertura de planos de saúde para cerca de 47 milhões de pessoas.

Os planos coletivos das empresas são responsáveis por 70% desse investimento, que representa a segunda maior despesa das empresas. “Precisamos contratar um sistema estruturado, de boa qualidade e de custo compatível com a promoção da saúde e a prevenção, controle e tratamento de doenças", afirmou.

Entre 2008 e 2016, os planos de saúde registraram reajuste acumulado de 237%, enquanto a inflação oficial acumulada foi de 72%. Para Lucchesi, é preciso refletir sobre esse modelo de financiamento que penaliza, sobretudo, empresas e trabalhadores. Segundo ele, é fundamental a participação desses no diálogo com os demais atores do sistema. “Se algo não funciona bem no sistema de saúde, trabalhadores, suas famílias, empresas e governo são afetados e, por isso, devemos também ser parte da solução.”

Lucchesi ressaltou a importância do Grupo de Trabalho da Indústria sobre Saúde Suplementar (GTSS), criado pela SESI e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em junho de 2017 e que hoje conta com 68 grandes empresas, responsáveis por quase 3 milhões de beneficiários de planos de saúde. Confira abaixo os seis desafios dessa agenda:

O Grupo de Trabalho em Saúde Suplementar, liderado pelo SESI e pela CNI, defende prioritariamente:

Integração de dados e informações
Inteligência permite melhorar decisão para pessoas, empresas e setor de saúde

Atenção primária 
Foco na prevenção premite coordenação da saúde integral dos beneficiários

Contratação de valor
Adoção de requisitos e critérios mínimos para possibilitar a contratação de planos e prestadores de saúde que atuem com foco na saúde integral

Gestão de tecnologias
Novos procedimentos devem contemplar resultados efetivos na manutenção e recuperação da saúde das pessoas

Remuneração baseada em valor
Pagamento deve considerar resultado do tratamento na saúde e na qualidade de vida dos beneficiários

Marco regulatório
Adequação de normas para estimular prestadores, empregadores e usuários a fazerem uso adequado do sistema

Diretor da ANS destaca papel das empresas na discussão sobre saúde suplementar

DIÁLOGO – O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Leandro Fonseca, destacou a importância da participação dos empregadores na melhoria do sistema. Segundo ele, as empresas podem contribuir para entender as causas dos desafios com a sustentabilidade dos planos de saúde. “Dois terços dos planos são coletivos empresariais e contribuem não só para a geração de empregos, mas indiretamente com a produtividade média do país já que mantém a força de trabalho ativa e produtiva”, destacou.

A afirmação é compartilhada pela diretora executiva da Fundacentro, Maria Betilani, que disse que convênios são porta de entrada para diagnósticos de saúde. “Por isso, é fundamental o diálogo aberto e transparente entre todos os atores do sistema", afirmou.

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