
O governo do Distrito Federal (GDF) entregou, em terminais rodoviários e em estações do Metrô, as primeiras máscaras de proteção reutilizáveis para população do Distrito Federal. A produção das máscaras é uma iniciativa do Banco de Brasília (BRB) e do Instituto BRB, em convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e o Sindicato das Indústrias do Vestuário (Sindiveste) do DF.
O objetivo do uso de máscaras de tecido é reduzir a disseminação do novo coronavírus, causador da covid-19. O convênio entre as instituições prevê que sejam entregues inicialmente 450 mil máscaras. O uso do item já é obrigatório em locais públicos.
“A entrega das máscaras caminha junto com outras ações que o governo local vem fazendo para diminuir a propagação do vírus, como o isolamento social e o fechamento das atividades não essenciais”, afirma o secretário de Mobilidade, Valter Casimiro, que acompanhou a entrega em alguns terminais. Ele explica que a escolha dos pontos de distribuição se deu por conta da alta circulação de pessoas.
“O transporte público atende cerca de 650 mil cidadãos diariamente. Por isso, é fundamental o cuidado com esse público.”
A dona de casa Leila Maria da Silva, de 28 anos, foi até o terminal rodoviário do P Sul, em Ceilândia, buscar a proteção para toda a família, acompanhada de dois dos quatro filhos. “A máscara é importante para a segurança da nossa saúde e sem essa ajuda não conseguiria comprar. O custo é caro e minha prioridade é a alimentação. Agora vou sentir mais segurança quando precisar sair com as crianças.”
Já o motorista de ônibus Francisco Santos, de 41 anos, acredita que a iniciativa evidenciou o quão é importante o cuidado com o próximo. “Desde o início da pandemia eu já respeitava as orientações dos órgãos de saúde e aderi como hábito o uso da máscara, e, agora, ver que todos também têm de cumprir a exigência me deixa aliviado. Afinal, minha maior preocupação é com aqueles que deixo em casa para vir trabalhar”, disse.
Produção dos equipamentos de proteção individual
A fabricação das máscaras está sendo feita por micro e pequenas confecções do DF, portes que representam mais de 95% do setor do vestuário. Elas foram credenciadas por meio de edital do IEL, que avaliou e validou as competências do negócio, além de ter distribuído a demanda de produção. O SENAI, em parceria com o Sindiveste, deu suporte técnico às empresas e está recebendo os produtos prontos e fazendo o controle de qualidade antes da entrega final.
As três instituições são responsáveis pela gestão e distribuição dos insumos às empresas.
A Brisa Uniformes é uma das confecções que trabalha na força-tarefa e é responsável pela fabricação de cinco mil máscaras. “A ação beneficia o pequeno negócio, que precisa se manter e pagar os funcionários, ou seja, está movimentando o setor produtivo. Também ajuda àqueles que não têm condição de comprar uma máscara e o governo, no combate à covid-19”, afirma o microempresário Amadeu Silva.
Ele conta, ainda, que a iniciativa fomentou o portfólio de trabalho, pois agora ele tem mais uma especialidade a oferecer. A Brisa tem cinco funcionárias fixas, sendo quatro costureiras.
A Indústria contra o coronavírus: vamos juntos superar essa crise
Acompanhe todas as notícias sobre as ações da indústria no combate ao coronavírus na página especial da Agência CNI de Notícias.