Para conter a pandemia da covid-19, o Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA) iniciou uma campanha de arrecadação de fundos para a compra de equipamentos de proteção individual (EPIs) e de insumos para hospitais das redes públicas de saúde do Rio de Janeiro.
A ideia - que já conta com a adesão de juízes, procuradores, promotores, professores universitários, advogados, árbitros e da Federação das Indústrias do Estado Rio de Janeiro (FIRJAN) - é mobilizar as comunidades jurídica e empresarial em solidariedade aos esforços do poder público.
Só nos dez primeiros dias da iniciativa, o valor arrecadado possibilitou a compra de cinco mil máscaras do tipo faceshield (protetor facial também chamado de capacete), produzidas pela Hightech Comunicação Visual. O material foi doado para a Secretaria de Estado de Saúde do Rio para distribuição em 17 hospitais e em 30 unidades de pronto atendimento (UPAs) das regiões Metropolitana e dos Lagos.
“Tenho certeza de que esse apoio terá um impacto positivo no enfrentamento ao novo coronavírus. Com a sociedade mobilizada, vamos vencer essa guerra”, disse o secretário Edmar Alves dos Santos, que entregou as primeiras máscaras ao Hospital Universitário Pedro Ernesto, vinculado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
De acordo com o CBMA, ainda essa semana 12 toneladas de álcool em gel serão entregues, sendo que uma tonelada será destinada ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), seis irão para os hospitais estaduais e outras cinco para unidades geridas pela prefeitura do Rio. A iniciativa prevê também a entrega de 2.400 frascos de 100 ml de álcool em gel para a Clínica da Família da Rocinha, na capital.
“A sociedade civil tem o dever de minimizar o impacto dessa crise sobre as classes mais vulneráveis da população. É uma questão de solidariedade, de responsabilidade social. Precisamos unir esforços em um momento tão desafiador. Toda a ajuda é bem-vinda”, explicou o presidente do CBMA, Gustavo Schmidt.
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) participa do grupo formado por pesquisadores de diversas instituições, reunido para discutir e trabalhar no desenvolvimento e na produção de equipamentos para suporte aos profissionais de saúde envolvidos no atendimento aos pacientes infectados pela covid-19. O objetivo é utilizar a tecnologia de impressão 3D para a produção de EPIs.
Mobilizadas pela FIRJAN em parceria com o Sindicato da Indústria de Material Plástico (Simperj), várias indústrias continuam com a fabricação das faceshields, com capacidade de produção diária mais de, pelo menos, quatro mil itens. A ação faz parte do Programa Resiliência Produtiva, uma iniciativa que busca preservar a capacidade produtiva das empresas e minimizar os impactos da crise provocada pelo coronavírus.
A Indústria contra o coronavírus: vamos juntos superar essa crise
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