Atletas do tênis dizem que o esporte está cada vez mais acessível

Entre as diversas modalidades disputadas na 10ª edição dos Jogos Nacionais do SESI, em Belém, sem dúvida uma das mais requintadas é o tênis. O esporte ainda é tido como de elite, mas aos poucos isso está mudando

Entre as diversas modalidades disputadas na 10ª edição dos Jogos Nacionais do SESI, em Belém, sem dúvida uma das mais requintadas é o tênis. O esporte ainda é tido como de elite, mas não é bem assim. Na sexta-feira (12), as trabalhadoras-atletas Carolina Martins, de São Paulo, e Daniela Batastini, do Rio Grande do Sul, duelaram na semifinal do feminino absoluto, no SESI Ananindeua, e deixaram claro que o esporte é uma prática saudável e até acessível como os outros esportes, mas não negam – exige dedicação, força de vontade e sacrifícios. 

“O tênis acaba sendo vinculado à elite, porque são apenas dois jogadores na quadra. E se você vai jogar, acaba tendo que dividir o aluguel do espaço entre dois atletas. Alguns estados têm quadras públicas, mas a maioria não. Em Mauá (SP), tive que jogar em uma quadra cheia de marcações. A gente tem que se virar”, diz Caroline Martins. 

Contudo, a paulista explica que qualquer pessoa pode se arriscar entre as raquetes e bolinhas em prol de uma boa qualidade de vida. “Eu conheço muita gente que começou a jogar pegando as bolinhas (que caem para fora da quadra) e hoje dão um show. É questão de dedicação. Não é só o físico, é a técnica também e o psicológico. Uma semana sem treino já acaba com o seu jogo”, explica. 

Do outro lado da quadra, a gaúcha Daniela Batastini faz suas considerações sobre o tênis ser visto como esporte pra poucos. “Na verdade o investimento inicial é que não é tão barato, mas depois que você tem uma raquete, fica bem mais tranquilo, porque você não vai mais precisar de tanta coisa para jogar. O que poderia era ter mais quadras públicas”, analisa. 

Mesmo assim, Daniela pontua que o gasto para praticar o esporte e manter o físico em forma é, na prática, o mesmo que se gasta em uma academia de ginástica. “O preço de você pagar uma aula em um clube, pagar um professor, é o preço que você paga uma academia. Eu não gosto de academia, então eu prefiro gastar no clube. Só tem que persistir, mas não é fácil. Eu quero jogar até meus 70 anos. Até ficar bem velhinha”, brinca com ar de quem tem um físico ‘todo trabalhado’ nas quadras de tênis. 

O duelo entre as duas foi 2 sets a 0, parciais de 6x1 –  6x3,  em favor de Carolina Martins, que disputa a final neste sábado (13) com Laura Severino, às 14h, no SESI Ananindeua. Já Daniela Batastini vai em busca do bronze diante de Maria Barbosa. 

OS JOGOS - Mais de 1.200 atletas de 200 empresas de todo o país participam da 10ª edição dos Jogos Nacionais do SESI, em Belém. As provas, em dez modalidades, começaram na quarta-feira (10) e seguem até domingo no SESI Almirante Barroso, SESI Ananindeua e no Estádio Olímpico do Pará. Acompanhe todas as notícias sobre os Jogos Nacionais do SESI na página da competiçãoAcesse as fotos no Flickr

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