7 ações dos institutos SENAI de Inovação contra o coronavírus

A rede SENAI de inovação atua desde a produção de máscaras de acrílico até no desenvolvimento de soluções para combater a pandemia

Os institutos SENAI desenvolvem e apoiam projetos das indústrias no combate ao coronavírus

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) colocou toda a rede de inovação no combate ao novo coronavírus. São 27 Institutos SENAI de Inovação, 60 Institutos SENAI de Tecnologia, além da plataforma de inovação para a indústria - Edital de Inovação. A Agência CNI de Notícias listou as principais ações dessa rede de inovação que podem fazer toda diferença na guerra contra a Covid-19. 

1. Mais máscaras

O SENAI do Ceará atua diretamente na produção de máscaras de acetato, equipamentos utilizados pelos profissionais de saúde. Ao todo, serão doadas 30.000 máscaras. A novidade vem do Instituto SENAI de Tecnologia de Maracanaú. Graças a uma solução desenvolvida pela equipe do Instituto, a velocidade da produção das máscaras deverá aumentar 4500%.

Os equipamentos que antes eram fabricados através de impressoras 3D, agora serão produzidos através de uma injetora. Cada impressora conseguia imprimir uma máscara a cada três horas, mas o novo processo produtivo permitirá a fabricação em larga escala, com uma produção diária de 3000 mil máscaras. 

2. Mais testes

Diante da importância na realização de diagnóstico rápido para a identificação do novo coronavírus, o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Avançados de Saúde, na Bahia, vai incorporar o Laboratório de Diagnósticos Moleculares para atendimento exclusivo das demandas do Covid-19. Um apoio importante na identificação do maior número de casos suspeitos.

O SENAI Cimatec, em Salvador, também disponibiliza os laboratórios de alta tecnologia para a realização de testes. Os recursos para a compra do equipamento que será utilizado para os testes serão disponibilizados pelo SESI Bahia, que também ficará responsável pela coleta do material nas indústrias.

3. E testes mais rápidos

Testes para diagnosticar o novo coronavírus em 10 minutos: este é o novo serviço da Hilab, laboratório da Hi Technologies, startup paranaense que receberá o apoio financeiro e de estrutura do Instituto SENAI de Inovação em Eletroquímica. A proposta da Hi Technologies é uma das primeiras aprovadas pela chamada especial do Edital de Inovação para Indústria que apoiará projetos de diagnóstico, prevenção e tratamento à Covid-19.

Com tecnologias de inteligência artificial e internet das coisas, o paciente tem o exame coletado em uma cápsula apenas com um furo na ponta do dedo. Essa cápsula contém reagentes e é inserida em um dispositivo, que transmite o resultado para um laboratório. O laboratório, por sua vez, processa os dados e emite um laudo. O resultado pode ser acessado pelo smartphone em apenas 10 minutos. Os exames devem chegar ao mercado nas próximas semanas. 

4 . Inovação para vencer o coronavírus

Edital de Inovação para a Indústria lançou uma segunda chamada para receber soluções contra os problemas causados pelo novo coronavírus. Estão disponíveis mais R$ 20 milhões. O dinheiro será investido em projetos destinados a prevenir, diagnosticar e tratar a covid-19 e sejam de aplicação imediata. Os novos recursos foram disponibilizados da seguinte forma: mais R$ 5 milhões pelo SENAI, R$ 10 milhões pela Embrapii e R$ 5 milhões pela Abdi.

O Edital já havia lançado uma primeira chamada, na qual foram selecionados seis projetos para receber R$ 10 milhões investidos pelo SENAI e pelo Serviço Social da Indústria (SESI). Na lista de escolhidos está proposta de adaptar respiradores mecânicos veterinários para uso em humanos, como forma de ampliar o número de ventiladores pulmonares no sistema de saúde brasileiro.

5. Mais respiradores, mais vidas salvas 

O SENAI criou uma rede voluntária de manutenção de respiradores que estão parados em hospitais. Tem pontos para receber os equipamentos no próprio SENAI nos estados da Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, e Santa Catarina. Outros pontos em parceiros: ArcelorMittal, Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Ford, General Motors, Honda, Jaguar Land Rover, Renault, Scania, Toyota e Vale. Cada respirador recuperado poderá salvar de 10 a 20 vidas.

O SENAI também está identificando fabricantes que querem ampliar a produção nacional, mas enfrentam obstáculos como a falta de capital de giro, dificuldades na aquisição de componentes e limitações na capacidade de testes. Os institutos SENAI de Inovação em Sistemas de Manufatura (Joinville/SC) e em Sistemas Embarcados (Florianópolis) estudam soluções para estas questões.  

6. Álcool gel não pode faltar

No Rio Grande do Sul, o Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros atua no desenvolvendo novas formulações para a produção de álcool em gel. As empresas que fabricam o produto estão com dificuldades de encontrar alguns insumos usualmente utilizados. As formulações em desenvolvimento atendem todos os requisitos da Anvisa. O trabalho é feito em parceria com o Instituto de Inovação de Biomassa (Mato Grosso do Sul) e o Instituto de Inovação de Biossintéticos (Rio de Janeiro)

Na Bahia, o SENAI Cimatec montou, em apenas 36 horas, uma linha de envasamento de álcool líquido 70% a pedido do governo do estado. A unidade já começou a envasar o produto. A linha de montagem também tem a capacidade de fazer a diluição de álcool com outras concentrações. Nos próximos dias, a rede pública de saúde da Bahia vai receber 190 mil litros de álcool à 96% doados por usinas sucroalcooleiras que operam no estado. Com a diluição para 70%, a Bahia terá cerca de 260 mil litros para distribuir.

7. Mutirão para proteger quem mais precisa

Fab Labs da Casa FIRJAN, do Instituto SENAI de Tecnologia Automação e Simulação e do SENAI de Nova Friburgo e Resende, no Rio de Janeiro, disponibilizaram a estrutura de fabricação digital para auxiliar na produção das máscaras de acrílico. A rede é formada por pesquisadores e professores de diversas instituições trabalham para desenvolver e produzir os equipamentos por meio da impressão 3D do movimento maker

Os equipamentos impressos serão doados para hospitais e unidades de saúde públicas. O protótipo das máscaras é um arquivo open source(código aberto) ou seja, está disponível para que outras pessoas da comunidade maker se apropriem e ajudem a produzir os equipamentos tão essenciais à segurança de médicos e enfermeiros.

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