Segredo do sucesso: conheça os robôs mais tecnológicos de equipes premiadas na robótica

Estudantes de todo o país desenvolvem máquinas inovadores para conquistarem vitórias e colocações. Confira algumas ideais geniais:

robôs em ginásio

Já ouviu falar que a propaganda é a alma do negócio? Isso também existe na robótica, mas de um jeito diferente... É porque, aqui, a inovação e a tecnologia assumem esse papel para ajudar a construir os melhores robôs. 

Os alunos têm liberdade para criar, desenvolver e imaginar novas funções, estilos, designs e habilidades para suas máquinas. A verdade é que, por trás de grandes resultados e premiações, cada equipe esconde um segredinho que os levou até o pódio: programação, velocidade, motor...  

Venha conhecer as tecnologias e estratégias utilizadas pelas equipes campeãs do Festival SESI de Educação 2024.

Los Atômicos e seu braço autônomo 

A equipe da FIRST LEGO League Challenge (FLLC), categoria de robôs de LEGO, conquistou o 1º lugar do Champion’s Award. O prêmio celebra o time que abraçou a experiência da FLLC, por meio de todos os Core Values, ao mesmo tempo que alcançou com excelência e inovação tanto no Desempenho do Robô, no Design do Robô e no Projeto de Inovação. 

Para conquistar esse prêmio tão importante, a equipe Los Atômicos construiu um robô que otimizasse o tempo ao completar as missões. Para isso, utilizaram uma caixa spike, que contém um kit de peças completo da LEGO, dois motores grandes, dois médios, dois sensores de cor, usado para captar cores ou a intensidade da luz, um sensor giroscópio, responsável por detectar a velocidade do ângulo do robô e um kit de pistão pneumático. Esse pistão é um dispositivo capaz de converter a energia de um gás pressurizado em movimento. 

Já na parte do projeto, eles utilizaram um arduíno , que basicamente é uma plataforma em que projetos eletrônicos são desenvolvidos, um sensor de reflectância 34725, traduzindo...no projeto de robôs que seguem linhas, ele é muito usado para detectá-las, mas também serve para detectar pequenas distâncias. Para finalizar o projeto, a equipe completou com um autofalante e fitas de led endereçáveis com 5V. Essas fitas incluem um chip controlador, atribuindo, literalmente, um endereço a cada led e fornecendo uma comunicação por fio.  

O design da Turma do BOB 

Essa equipe, também da categoria FLLC, conquistou o 1º lugar do prêmio design do robô. O time que utiliza princípios de programação e práticas de engenharia para desenvolver um robô sólido, durável, eficiente e com capacidade para realizar as missões do desafio garante o prêmio. 

A estratégia da equipe foi utilizar planilhas para registrar os lançamentos e gerar gráficos. Eles posicionaram câmeras próximas às mesas para avaliar a movimentação do robô e anexo pós-lançamento, criando uma memória visual. 

Para a construção do robô, a Turma do BOB fez uso de motores e blocos spike, que contém: dois motores para tração, dois motores médios para movimentação dos anexos, dois sensores de luminosidade, posicionados nas laterais dianteiras do robô, nove anexos com mecanismos passivos (sem motor) e ativos (com motor) de acionamentos e anexos com sistema pneumático, que utiliza ar comprimido. 

O robô inspirado na natureza dos Amigos Droids 

A equipe da categoria FIRST Tech Challenge (FTC), com robôs intermediários, a 17792 Amigos Droids, conquistou o 1º lugar do Prêmio Inspiração. Leva para casa essa premiação, o time que trabalhou em conjunto e desempenhou com êxito a tarefa de projetar e construir o robô. 

A prioridade da equipe na construção do robô foi a simplicidade e o maior uso de sensores possível, tendo em vista que eles forneceriam os dados necessários para aumentar a consistência do autônomo e a compatibilidade com outras equipes nas alianças. 

A principal tecnologia utilizada foi o sistema construtivo de baixo custo, inspirado na natureza, que permitiu que eles criassem um robô, praticamente, inquebrável, sem considerar os diversos sensores e motores presentes no robô. O resultado foi um robô rápido, leve e preciso. Confira! 

O super autônomo da Under Control 

A 1156 Under Control da FIRST Robotics Competition (FRC), com robôs de até 55 kgs, foi uma das equipes da aliança vencedora, formada por três times. Além disso, conquistaram o prêmio Autonomous Award, dado a equipe que demonstrou operação robótica consistente, confiável e de alto desempenho durante o período autônomo, tempo da partida em que o robô se movimenta sozinho. 

Para conquistar esses prêmios, a equipe apostou na simplicidade do robô. Segundo o time, eles não gostam de trabalhar com mecanismos muito complexos e dão prioridade aos já feitos em temporadas anteriores. Outra aposta da Under Control foi ser o melhor robô de AMP, um dos lugares que se pode pontuar na quadra e ganhar pontos bônus. 

Agora vamos às tecnologias que garantiram o Autonomous Award. O robô possui uma câmera para a detecção de notas, onde eles utilizam um microcontrolador, de forma bem resumida, podemos considerar como pequeno computador, ideal para quem precisa construir circuitos eletrônicos. Esse microcontrolador trabalha em conjunto a uma inteligência artificial e, com isso, o robô é capaz de se alinhar e facilitar para o operador coletar as notas, que era o desafio dessa temporada. 

Mais uma estratégia foi utilizar uma câmera para pontuar no speaker, outro lugar possível de se pontuar na quadra. Com o uso dessa câmera, eles conseguiam fazer o robô se alinhar horizontalmente e ajustar o ângulo do pivô. Resultado: era possível pontuar automaticamente, sem que o operador precisasse dar um simples clique. 

O profissionalismo da Alphabots 

A equipe, também de FRC, conquistou o prêmio Excellence In Engineering Award, o qual homenageia o time que demonstra uma abordagem profissional no processo de design e bota profissional nisso. 

Eles utilizaram usinagem CNC. Tá, mas o que significa? CNC é o Controle Numérico por Computador, o que quer dizer que um computador controla o que a máquina faz. Para a fabricação dos mecanismos do robô também foi utilizado o corte a laser. Indo para a parte de controle, o Labview foi a linguagem de programação usada, além de sensor de posição Pigeon 2.0, um tipo de giroscópio, que nós já explicamos lá em cima, e câmera Limelight como processamento de visão, uma câmera inteligente desenvolvida especialmente para as competições de FRC. Confira os testes do período autônomo: 

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