Mais que aprender, Espaço ACESSE te dá espaço para sonhar!

Aprender e brincar são os lemas do ACESSE! Vem conferir as atrações do Festival Internacional SESI de Robótica, que acontece entre 5 e 7 de agosto, no Rio de Janeiro

Espaço Acesse une tecnologia e brincadeira em práticas lúdicas e contemporâneas

A imaginação não tem limites, ainda mais ao lado de tecnologia, brincadeiras e muitos robôs. E quem gosta de dar vida a ideias e sonhos pondo a mão na massa não pode perder o ACESSE (Arte Contemporânea e Educação em Sinergia) - programa com metodologia lúdica e prática.  

O espaço é uma das atrações do Festival Internacional SESI de Robótica 2022, que acontece até amanhã, domingo (7), com diversas dinâmicas, exposições e experimentações para os visitantes. A visita é gratuita.

O programa propõe uma metodologia inovadora, que convoca professores e educadores a se inspirarem e a se apropriarem de procedimentos, materiais e tecnologias utilizados pelos artistas contemporâneos em seu cotidiano pedagógico. 

“O Espaço Acesse é o local para pensar nas articulações entre tecnologia, arte e programação de uma forma interdisciplinar e prática”, explica Agnes Mileris, gerente de Programação Cultural do SESI.

O ACESSE pode receber mais de 150 pessoas, de forma simultânea

Para uma criança desabrochar, basta estimular a brincadeira 

As principais atrações do ACESSE são, de longe, as atividades práticas para criar diversos protótipos. Entre as opções, é possível encontrar a área de Experimentação Livre, com temáticas focadas em diferentes formas de energia. São cinco atividades, para idades de 6 a 10 anos:  

  • Energia elétrica: insetos elétricos (+10 anos);  
  • Energia cinética: atividade do carrinho a elástico (+10 anos) e do carrinho com balão (+6 anos);  
  • Energia por transferência de movimento: foguete (+6 anos) e do elevador hidráulico (+10 anos);  
  • Energia eólica: carrinho à vela (+6 anos) e paraquedas (+6 anos). 

Logo mais, aqui na Agência de Notícias da Indústria, vamos trazer um passo a passo de todas as atividades do ACESSE, com poucos utensílios, você pode criar seus próprios robôs em casa!  

Samara Ruiz e seu filho Vinícius, 10 anos, era um dos participantes do ACESSE. A mãe contou, rindo, que o filho estava com a missão de fazer o maior número de robôs possíveis e, para isso, iria participar de todas as experimentações. “Ele é apaixonado por robótica e quando fiquei sabendo do evento, não pensei duas vezes, trouxe ele aqui. Não deu outra, ele quer fazer de tudo e eu vou junto. O mais legal é aprender junto com ele”, contou a mãe.

É possível levar os robôs, carrinhos e foguetes para casa, além de ler o QRcode dos manuais para reproduzir depois

As oficinas conseguem receber até 150 pessoas, de forma simultânea, e você pode participar quantas vezes quiser! Neste domingo (7), o espaço abre as portas para sua imaginação, das 9h às 17h! 

Lara Barreto, 15 anos, estudante do SESI Barreiras, e João Lucas Bittencourt, 16 anos, participante da fundação São Joaquim, vieram no evento com uma excursão da fundação. Lara já tinha vindo no Festival na véspera e estava determinada a mostras as coisas mais legais para o amigo. “Eu estou apaixonado! Não tenho acesso a robótica e poder ver um pouco desse mundo me inspira muito. É muito legal conhecer pessoas de tantos lugares diferentes e poder fazer essas oficinas. Com certeza é uma experiencia única", contou João.  

O Morro aos seus pés! 

Uma das atrações mais legais fica dentro de um cubo monocromático do SESI LAB, onde é possível você explorar as cores com lanternas. É lá dentro que está uma amostra do Projeto Morrinho. E advinha? Tudo começou com uma brincadeira de infância! 

Raniere dias, idealizador do projeto, buscava representar um pouco do cotidiano das favelas e, com seus amigos, usava tijolos pelo morro para imitar as casas. Algo que começou aos 12 anos de idade, tomou uma proporção mundial após a “brincadeira” ser reconhecida em um documentário

O Projeto Morrinho existe desde 2001 e, atualmente, atua como ONG para levar arte às comunidades

Em 2007, em Veneza, mais de 13 mil tijolos foram enviados para o país para que o grupo pudesse criar uma maquete do morro. Os detalhes são riquíssimos, é possível enxergar o cotidiano de uma comunidade na obra, como a presença dos bailes funks.  

“O que a gente faz aqui é representar nossa vida. Montamos tudo com tijolos e cimento, também colocamos palavras que representem a favela. É algo que tomou proporções inimagináveis. Vinte e um anos atrás ninguém imaginou que uma forma diferente de brincar iria se tornar algo tão grande”, contou Raniere Dias.  

Hoje, o Morrinho é um espaço comunitário coletivo e cultural que une criatividade, turismo, educação e ativismo. 

Confiar e respeitar o espaço do outro resultam em arte 

Outra atração muito legal que está acontecendo AO VIVO, no festival, é a criação de um painel artístico com elementos do próprio evento. Os responsáveis pelos painéis são os artistas Lucas Fontana e Vítor Massao. Para dar vida ao painel, eles precisam, também, vivenciar o evento e, por isso, se você reparar em todos os detalhes, consegue ver algumas cenas engraçadas e típicas de qualquer competição de robótica. 

Massao e Fontana são artistas do Rio de Janeiro e acreditam e arte coletiva para criar em equipe

E, vocês podem estar se perguntando, como dois profissionais de estilos diferentes conseguem se alinhar para criar algo tão único? Pois bem, Vítor Massao, disse que o principal é confiar na pessoa que está do seu lado. “Se você olhar pro conjunto não parece que foi algo feito por dois artistas.  

Isso não quer dizer que não é possível reconhecer o estilo de cada um, mas que ambos se completam. É claro que tem muita conversa no processo, alguns desentendimentos (risos), mas o principal é que aprendemos um com o outro”, disse Massao. 

Lucas Fontana também disse que sentir a energia do ambiente é o que torna aquela arte única. "É um processo muito espontâneo, sabe? A gente roda pelas equipes, vê as competições, presta atenção nos detalhes e tenta reproduzir aqui na arte”, contou Fontana.  

O painel ficará pronto no final do festival, totalizando três dias de trabalho manual feito ao vivo

Além disso, os dois respeitam bastante a arte um do outro e, no processo, acabam compartilhando alguns traços e técnicas. Nos desenhos, você encontra vários easter eggs da robótica, será que você consegue achar todos? Amanhã, domingo (7), o painel será finalizado pelos artistas.  

Engenhoca com bolinhas ou, melhor, labirinto de bolas? 

Quem olha de longe pode achar que algum profissional foi responsável por criar uma engenhoca enorme vertical, que cria um caminho para bolinhas. A grande verdade é que foram crianças que montaram todo o circuito. E, para isso, elas trabalham com a regra da tentativa e erro. O desafio é deixar que elas explorem os diferentes objetos e criem um trajeto para a bolinha de forma criativa.  

No stand, as duas alunas de robótica Milena Gomes, 14 anos, e Lívia Carolina, 16 anos, começaram empolgadas com um cano de PVC e alguns elásticos. Disseram que criariam algo legal e, não mentiram! Uns 10 minutos depois, chamaram para ver a criação delas, um trajeto em que bolinha deslizava pelo cano, dava um pulinho e caia dentro de um copinho. E as meninas não pararam por aí, ficaram mais tempo criando novas formas de caminhos.  

As estudantes de robóticas acreditam que brincadeira e aprendizagem são a receita para o engajamento de jovens

“É uma experiência única. Você precisa pensar em formas diferentes de criar percursos. Parece algo simples, mas isso que é aprender na prática”, disse Milena.  

Quer saber mais detalhes da programação do evento e atividades? Confira tudo na matéria de programação do festival.

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