Preocupados com a saúde dos idosos com mobilidade reduzida, a equipe Star Bots desenvolveu um projeto de inovação para estimular a atividade física deste público. Os jovens desenvolveram o Star Senior Movement, um guia ilustrado com quinze exercícios físicos, que é acompanhado por um flyer explicativo e um kit composto por cabo de vassoura e bolinha fisioterapêutica.
O intuito é melhorar a qualidade de vida e reduzir os efeitos das doenças degenerativas que acometem os idosos, como diabetes, hipertensão, osteoporose, artrites e obesidade.
“O cabo vassoura é utilizado em exercícios de musculação e força. A bolinha serve para apertar durante um exercício e também pode ser utilizada quando estiver vendo TV, por exemplo. Ela melhora a circulação sanguínea, a flexão e extensão dos dedos e a coordenação motora!”, explicam os jovens Pedro Henrique Zanini Silva, de 10 anos, e Ana Luísa Santos, de 12 anos.
Visando tirar o projeto do papel, a Star Bots apresentou o Star Senior Movement para pessoas influentes do município de Votuporanga, em São Paulo. A equipe demonstrou a utilidade e a importância do projeto para o prefeito Jorge Seba, agentes de saúde do Consultório Municipal e para a secretária de saúde Ivonete do Nascimento.
A apresentação na Secretaria de Saúde foi um sucesso e garantiu a implementação de um piloto do Star Senior Movement em um posto de saúde e no Centro de Convivência do Idoso da cidade. “A secretária ficou encantada com crianças tão novas falando com tanta propriedade”, conta a técnica da equipe Isabel Passos.
Conquista incentivadora
A Star Bots é uma equipe de garagem formada pelo projeto social Clube da Robótica, de Votuporanga (SP). Ela é composta pelos jovens Pedro Henrique Zanini Silva, de 10 anos; Filipe da Silva Godoi, de 10 anos; Ana Luísa Santos, de 12 anos; Matheus de Freitas Bianchini, de 13 anos; Nathalia Venturini, de 13 anos; Vinícius Rodrigues de Freitas, de 13 anos; e Livia Rodrigues Silveira, de 14 anos.
Para Ana Luísa Santos, o reconhecimento do projeto de pesquisa desenvolvido por eles foi muito importante. “É muito gratificante porque nós sentimos como se tivéssemos ajudando, de fato, esse público e é um sonho de todas as equipes ter um projeto fora do papel. O nosso foi realizado!”, relata.
“O projeto é um orgulho para nós, porque nada é fácil pra gente. Já vendemos brigadeiro e tapete na rua para comprar passagem para competir nos torneios. Então, temos muito orgulho e é muito significante. Essa já é a minha segunda temporada e nunca tive tantas conquistas assim na minha vida desde que eu entrei para a robótica”, completa Pedro Henrique Zanini Silva.
O sentimento também se estende aos técnicos da equipe. Isabel Passos afirma que equipe passa por alguns desafios devido a variação de idade e o fato de frequentarem escolas diferentes, o que gera distinção no nível escolar e nos grupos de convivência de cada integrante. Entretanto, a paixão pela robótica e o apoio dos técnicos une e incentiva a Star Bots.
“Como técnica, eu fico muito feliz e orgulhosa com isso. O que eu acho mais incrível da robótica é que todo mundo tem um lugarzinho ao sol na equipe, porque são crianças de diferentes habilidades. A pesquisa é uma coisa que eles se dedicam muito e esse ano a gente não sabia se ia conseguir participar por conta do distanciamento social, mas eles continuaram a pesquisar mesmo assim. O mais satisfatório é ver o olhinho deles brilhando quando eles veem o resultado. Então, eu estou muito feliz, principalmente por eles estarem tão motivados, tão felizes e agora eles estão acreditando que podem fazer muito mais, porque sabem que não é só um elogio e que o trabalho produz resultados”, destaca a técnica Isabel Passos.
Frutos da robótica
O projeto de inovação desenvolvido pela Star Bots faz parte da competição FIRST LEGO League – Challenge (FLL), organizada pelo Serviço Social da Indústria (SESI). O tema da temporada é "RePLAY – esportes e brincadeiras que movimentam o corpo e evitam o sedentarismo" e o desafio das equipes era pensar em formas inovadoras e criativas de estimular a prática de atividades físicas.
Durante as competições regionais, a equipe foi classificada para a etapa nacional da FLL, que acontecerá no Festival SESI de Robótica. As cerimônias de encerramento e premiação serão anunciadas dia 26 de junho.
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