Prosperidade para a população requer fortalecimento da indústria, diz Léo de Castro

Vice-presidente da CNI participou no Palácio do Planalto do lançamento da Missão 4 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), que definiu metas e investimentos de R$ 186 bilhões para transformação digital do país

O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Léo de Castro, afirmou nesta quarta-feira (11) que o crescimento da indústria brasileira é imprescindível para o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida da população. Ele discursou durante cerimônia, no Palácio do Planalto, na qual o governo anunciou R$ 186 bilhões, entre recursos públicos e privados, em investimentos para a Missão 4 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), que trata da Revolução Digital.


“Sabemos todos que o Brasil precisa gerar prosperidade para os mais de 200 milhões de habitantes e oferecer oportunidades para as mais de 100 milhões de pessoas que estão na força de trabalho. Isso requer, necessariamente, a renovação e o fortalecimento do setor industrial, que possui cadeias produtivas mais longas, mais complexas e sofisticadas e que geram melhores empregos”, destacou Castro. “Com medidas certas o Brasil pode transformar a indústria e a economia nacional e oferecer melhores condições de vida para a população”, acrescentou.


Castro mencionou que a digitalização dos processos produtivos é uma das prioridades das políticas industriais que vêm sendo adotadas pelas nações mais avançadas para que suas empresas mantenham a liderança no mercado global. Para ele, o empenho do governo em prol da NIB colocará a política industrial do país em uma nova fase, com a escolha de cadeias produtivas prioritárias e a apresentação de metas que permitam o monitoramento das ações e o alcance dos resultados esperados. 

O dirigente da CNI avalia que a nova política industrial caminha para criar condições de ampliação dos investimentos fundamentais para a competitividade da indústria. “Com a Nova Indústria Brasil, felizmente, o governo está criando condições para que o país tenha uma indústria mais dinâmica, inovadora e competitiva”, pontuou.  

De acordo com Léo de Castro, o sucesso da política industrial requer um contexto mais amigável à produção e aos investimentos. Ele considera que as ações anunciadas dentro da NIB contribuirão para a redução do Custo Brasil, que atinge o ambiente de negócios e retira competitividade dos produtos nacionais nos mercados interno e externo. 

O vice-presidente da CNI observou que o diálogo entre o poder público e empresários está evoluindo e deve ser intensificado, pois, para ele, é imprescindível para que se definam ações conectadas com a realidade das empresas na implementação da NIB. 

Investimentos em transformação digital e semicondutores

Léo de Castro enfatizou que um dos programas essenciais para que o país alcance os objetivos da transformação digital é o “Brasil Mais Produtivo”.  Além da contribuição da CNI e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), que participaram ativamente da construção do programa, o B+P uniu, de forma inédita, parceiros estratégicos como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

No total, foram destinados R$ 2 bilhões para promover a transformação digital e a produtividade de 93,1 mil indústrias nos próximos três anos. Além disso, o Plano Mais Produção contribuirá para o alcance da Missão 4, em especial, com os valores previstos no eixo Indústria Mais Inovadora e Digital, que somam R$ 80,2 bilhões.
 
Há ainda R$ 4 bilhões do eixo Indústria Mais Produtiva destinados à expansão da banda larga e da conectividade. Outras ações importantes dentro da Missão 4 da NIB são a criação do programa Brasil Semicondutores e a prorrogação de benefícios para os setores de semicondutores e de tecnologia da informação e comunicação, além do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial.

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