Planta 4.0 mostra o potencial de transformação digital no Congresso de Inovação

Coordenado pelo MDIC em parceria com SENAI, Sebrae, BNDES, FINEP e ABDI, o Novo Brasil Mais Produtivo, que está sendo modelado, mostrará aos empresários como funciona uma fábrica inteligente

Máquina com braço mecânico de robô e vários botões e uma tela dentro de sala com armários ao fundo
A planta Smart 4.0 está em 270 unidades do SENAI e facilita o ensino das tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0

O Congresso Internacional de Inovação da Indústria, que será realizado nos dias 27 e 28 de setembro, em São Paulo, terá um estande com informações sobre o novo Brasil Mais Produtivo, programa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) – em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) – que terá R$ 1,5 bilhão nos próximos três anos para alavancar a produtividade, a transformação digital, a requalificação e o aperfeiçoamento da força de trabalho em até 200 mil micro, pequenas e médias empresas. 

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No estande, montado e organizado pelo SENAI, será instalada uma planta com tecnologias habilitadoras da indústria 4.0, que simula uma produção automatizada. Os participantes poderão interagir com a planta e experimentar as tecnologias em tempo real. A planta Smart 4.0 está em 270 unidades do SENAI em todos os estados. Ela facilita o ensino e compreende uma série de tecnologias, como robótica, gêmeos digitais, integração de sistemas, internet das coisas, cybersegurança, computação em nuvem, nealidade aumentada, big data e analytics.

O diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, explica que, com a planta automatizada, os empresários terão uma visão geral de como funciona uma smart factory ou fábrica inteligente, com digitalização dos processos industriais, o que aumenta a produtividade nas empresas.


“É urgente e necessário que as empresas avancem na digitalização para aumentarem a produtividade e a competitividade, capazes de impulsionar o aumento de empregos e de renda para os brasileiros. A planta é uma demonstração de como empresários, profissionais e estudantes devem se preparar para a indústria do futuro”, afirma Lucchesi.


Há décadas, o Brasil enfrenta graves problemas de produtividade. A baixa escolaridade da população, a defasagem do parque industrial, que tem máquinas e equipamentos com idade média de 14 anos, e a incipiente digitalização – com 31% de empresas que sequer utilizam alguma tecnologia digital nos processos produtivos – são alguns dos fatores que prejudicam a produtividade e, consequentemente, a competitividade do país. 

O novo Brasil Mais Produtivo

Justamente por isso, o Novo Brasil Mais Produtivo mira em eixos relacionados à produtividade, como a eficiência energética no chão de fábrica e a transformação digital. “A partir do programa, será criado um ecossistema de produtividade excepcional no país, que une consultoria, requalificação e aperfeiçoamento profissional, alinhado com a neoindustrialização que queremos para o nosso país”, avalia. 

O secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, ressaltou a importância de o projeto de neoindustrialização do Brasil – conduzido pelo ministro e vice-presidente Geraldo Alckmin e elaborado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) - contar com programas estruturados, por meio de políticas públicas focadas nos desafios da indústria brasileira.

“Estamos trabalhando para que o Brasil Mais Produtivo se posicione como uma ferramenta poderosa para levar recuperação e crescimento ao setor produtivo do país. Com práticas testadas e internacionalmente reconhecidas, o programa apoiará as micro, pequenas e médias empresas industriais brasileiras, com vistas a promover o aumento de produtividade, de competitividade e de eficiência energética, assim como estimulando a transformação digital. O trabalho conjunto e a mobilização de recursos das instituições parceiras garantem escala, perenidade e sustentabilidade a essa atuação.”

O presidente do Sebrae, Décio Lima, lembra que os recursos do Brasil Mais Produtivo beneficiam diretamente os pequenos negócios. “A transformação digital e a inovação são fundamentais para o crescimento sustentável das micro, pequenas e médias empresas. Precisamos trabalhar em ações que permitam a inclusão e causem impacto direto nas comunidades. Isso significa mais emprego e renda. Já estamos alcançando resultados na produtividade, em curto prazo, sem contar o impacto positivo no faturamento desses negócios”, comenta. 

Em média, as empresas participantes do Brasil Mais Produtivo tiveram um aumento de 22% na produtividade e um ganho real de 8% no faturamento. 

Para a gerente de Transformação Digital da ABDI, Adryelle Pedrosa, os empresários entendem a importância da transformação digital, sabem que precisam agir e estão interessados nesse tipo de iniciativa. “O Mapa da Digitalização das MPEs brasileiras, realizado pela Agência em parceria com a FGV, apontou que 68% dos empresários estão abertos a participar de um programa de aceleração de maturidade digital. E o Brasil Mais Produtivo atua justamente nessa direção”, afirmou.

O Diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, ressalta que o potencial de atingir um grande número de empresas e o foco na inovação e digitalização motivaram o BNDES a atuar em parceria com a FINEP para desenhar novas soluções de apoio às empresas e aos projetos que serão realizados. “Uma atuação coordenada como essa, que conta com a participação do SENAI e Sebrae, permite uma atuação em escala nacional. São parceiros históricos do BNDES, junto com o MDIC, ABDI e FINEP. O Novo Brasil Mais Produtivo será o maior programa já realizado voltado para o aumento da produtividade das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs). O BNDES ajudará com seus instrumentos a impulsionar a transformação digital da indústria brasileira. O BNDES financiou na última década a construção da Rede de Institutos SENAI de Inovação e Tecnologia que agora ajudará a viabilizar novo Programa Brasil Mais Produtivo", disse. 

Segundo o presidente da Finep, Celso Pansera, a transformação digital é essencial para a indústria e é um dos focos prioritários de apoio pela Finep. "Ao adotar tecnologias avançadas de digitalização, as empresas otimizam seus processos, reduzem custos, se adequam à realidade do consumidor e  melhoram a qualidade de seus produtos. Na Finep, vamos financiar, neste ano de 2023, centenas de projetos de inovação que lidam com o desenvolvimento e adoção de tecnologias digitais, e estamos engajados em apoiar o fortalecimento do Brasil Mais Produtivo, programa fundamental para a aceleração da difusão de tecnologias digitais, e o aumento da produtividade e da competitividade da economia", afirmou Pansera.

Participe da 10ª edição do Congresso de Inovação

Uma iniciativa da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) e realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Sebrae, o Congresso Internacional de Inovação da Indústria será realizado no São Paulo Expo, na capital paulista. 

O evento reúne 42 palestrantes nacionais e 18 internacionais para falarem de ecoinovação, tema deste ano. As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser realizadas no site

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