CNI e Sudene firmam parceria para ampliar acesso da indústria a fundos de financiamento

Empresas das regiões Nordeste e norte da Minas Gerais e do Espírito Santo serão beneficiadas pela aproximação entre a Rede de Núcleos de Acesso ao Crédito, coordenada pela CNI, e a Sudene

A indústria contará com um apoio extra na hora de buscar financiamento e mecanismos de fomento. Um convênio firmado nesta terça-feira (23) entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio da rede de Núcleos de Acesso ao Crédito (NAC), e a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) vai ampliar a informação sobre as linhas de crédito, incentivos fiscais e instrumentos de fomento da instituição. 

"A parceria soma esforços da CNI e da Sudene para promover o desenvolvimento da indústria", afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, na cerimônia de assinatura do termo de cooperação, realizada em Brasília. Já o superintendente da Sudene, Marcelo José Almeida das Neves, reiterou a importância de estreitar o laço com o setor produtivo. "A Sudene tem um papel importante pois atende regiões carentes de investimento e industrialização, mas que têm grande potencial. Temos tudo a ver com indústria e acredito que a aproximação será benéfica para todos", avaliou. 

A Sudene gerencia dois fundos - o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) e o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) - bem como opera instrumentos de incentivo fiscal, como redução de imposto de renda de pessoa jurídica, reinvestimento do imposto em projetos de modernização ou complementação de equipamentos e depreciação acelerada de bens para efeitos de cálculo de imposto de renda. Em 2016, os incentivos foram utilizados por projetos que somaram R$ 16 bilhões. A instituição atende a todos os estados do Nordeste, além no norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. 

No caso do FNE, apesar de a operação dos recursos ser feita pelo Banco do Nordeste, cabe à Sudene definir setores prioritários e fazer a avaliação dos resultados. Com a parceria, a CNI poderá ser consultada para a definição de diretrizes para aplicação dos recursos. Em 2017, o orçamento do FNE é de R$ 26,1 bilhões. 

Com a parceria, os NACs, presentes em 14 federações de indústrias, farão a divulgação das frentes de atuação da Sudene e ajudarão as empresas a se prepararem para pleitear os recursos e utilizarem os instrumentos de fomento e incentivo fiscal. Além da Sudene, a Rede NAC já firmou acordo semelhante com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

SOBRE O NAC - A rede de Núcleos de Acesso ao Crédito foi criada em 2015 pela CNI e pelas Federações de Indústrias para prestar serviços de orientação ao empresário industrial no processo de captação de crédito e financiamento para viabilizar investimentos e a operação das empresas, contribuindo para a modernização, o aumento da competitividade e a ampliação da capacidade produtiva.

O serviço já está disponível nos seguintes estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. Desde a fundação, os núcleos atenderam a mais de 11,8 mil empresas e ajudaram a negociar R$ 320 milhões em crédito.

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