Produtores de azeite se unem por indicação geográfica

Registro pode viabilizar a organização da produção e a geração de emprego e renda em Minas Gerais

O Brasil poderá obter o primeiro registro de origem de azeite, o que garantirá e ampliará o acesso a mercados internos e externos, além de possibilitar a organização da produção e a geração de emprego e renda aos produtores rurais.

Para viabilizar a Indicação Geográfica (IG), uma série de ações estão em curso com a participação de técnicos especializados das Superintendências Federais de Agricultura dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Entre os dias 20 e 22 de fevereiro, o grupo estará em Minas Gerais, no município de Maria da Fé, realizando o “Dia de Campo sobre Olivicultura” e também a visita técnica à região, campos de produção e produtores.

De acordo com a coordenadora de Incentivo à Indicação Geográfica de Produtos Mapa, Beatriz Junqueira, a partir dessas ações os técnicos terão respaldo para a emissão futura do documento de instrumento oficial de pedido de registro de origem junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Será o primeiro registro de origem de azeite no Brasil e na América Latina. “O registro é importante porque viabiliza a organização da produção e a geração de emprego e renda na região e o Ministério está atuante para viabilizar isso”, disse o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Caio Rocha.

O processo de registro, indicação geográfica e denominação de origem para esse produto produzido nos Contrafortes da Mantiqueira foi iniciado pela Epamig e Assolive. A área geográfica do “Azeite dos Contrafortes da Mantiqueira”, é de cerca de 5.842.546 hectares aptos ao desenvolvimento da olivicultura e integra 184 municípios da região.

A região apresenta características edafoclimáticas aspectos socioeconômicos adequados para a produção de azeitona de mesa e de extração de azeite, através de um sistema de certificação e controle da qualidade.

Em 2010, o Brasil importou cerca de 50 mil toneladas de azeite. Em 2012 foram processadas no Núcleo Tecnológico Epamig Azeitona e Azeite 25 toneladas de azeitonas, permitindo a extração de 3.200 Kg de azeite. Segundo a Assoolive, a produção estimada para 2015, nessa região, é de 800 toneladas de azeite, o que equivale a 1,6% da importação brasileira em 2010.

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