O superintendente Nacional do IEL Nacional, Paulo Mól, disse na abertura do curso “Compliance e eficiência empresarial”, no IEL Amazonas, nesta segunda-feira (8), que a cultura de compliance é extremamente importante para a tomada de decisão do gestor, porque fazendo as coisas da maneira correta, com certeza a empresa evita muitos prejuízos posteriormente.
“A capacidade de saber se comunicar, repassando valores e convencendo toda a equipe e toda a empresa a seguir a mesma regra de conduta, ter os mesmo procedimentos, isso é fundamental para ter uma empresa sustentável. Uma empresa que deseja se consolidar no mercado no longo prazo deve alinhar sua função de compliance aos objetivos estratégicos, missão e visão da empresa”, frisou Mól, em Manaus.
De acordo com a palestrante e advogada Ana Carolina Gazoni, existem algumas legislações nacionais e até internacionais, como a Lei de Anticorrupção, que estabelecem alguns requisitos do que deve haver dentro de um programa de Compliance para que seja considerado efetivo. Compliance é a atividade de assegurar que a empresa está cumprindo à risca todas as imposições dos órgãos de regulamentação, dentro de todos os padrões exigidos de seu segmento. E isso vale para as esferas trabalhista, fiscal, contábil, financeira, ambiental, jurídica, previdenciária, ética etc.
"É muito importante que a empresa, além de conhecer os seus planos operacionais, conheçam os riscos e tenham mecanismos de controle implantados para evitar a ocorrências desses riscos. Hoje no Brasil vemos uma série de problemas como fraudes, e não só de corrupção, mas fraudes contábeis, financeiras e isso nada mais é que problema futuro para a empresa, algo que ela não quer. Quando falamos em desenvolvimento sustentável, o programa de Compliance é uma ferramenta muito importante”, disse Gazoni.
Os principais benefícios que o modelo compliance pode trazer para a empresa é o ganho da credibilidade por parte dos clientes, investidores, fornecedores, aumento da eficiência e da qualidade dos produtos fabricados ou serviços prestados, melhora nos níveis de governança corporativa e prevenção de futuras punições por algum desvio.
E, para controlar esses desvios, o gerente de Ética Global e Conformidade da Bunge, empresa Argentina, Alejandro Quintana, diz que é necessária uma investigação, cujo início está no recebimento e tratamento das informações e planejamento, período de investigação, com obtenção das informações, avaliação e análise, e o fechamento com entrega de relatório, comunicação e encerramento.
O curso conta com a participação de gestores de empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), como Moto Honda da Amazônia, Midea Carrier, Musashi, além de empresas como Bemol, Sindicatos, SESI, SENAI e Sebrae.
