WE Forum: mulheres capacitadas, rodadas de negócios e discussão de igualdade no 2º dia de evento

Empresárias concluem mentoria do Mulheres Globais e realizam encontros de negócios internacionais no último dia de encontro que busca fortalecer presença da mulher no comércio exterior

Certificados do programa Mulheres Globais foram entregues no WE Fórum

O segundo dia do Women Entrepreneur Forum (WE Forum), realizado na Confederação Nacional da Indústria (CNI), começou com a entrega dos certificados de conclusão do programa Mulheres Globais. O primeiro ciclo do programa promoveu o e-commerce como estratégia de expansão e internacionalização de empresas lideradas por mulheres, além de desenvolver competências em gestão e marketing digital.

Ao todo, 40 empresárias foram mentoradas para atuar no e-commerce internacional. Além dos conteúdos dos workshops e das mentorias, as participantes desenvolveram planos de negócios exclusivos com foco no comércio internacional com o apoio das mentoras. 


“A CNI trabalha para ampliar as oportunidades de negócios para empresas lideradas por mulheres por meio de iniciativas como o programa Mulheres Globais, que orienta as empresárias a utilizarem o comércio eletrônico como estratégia para internacionalizar empresas”, disse o presidente da CNI, Ricardo Alban, no primeiro dia do WE Fórum.


A presença das mulheres na indústria em pauta

Empresárias e líderes de diversos países estão reunidas para debater igualdade de gênero, economia, tendências, inovação e instrumentos para inclusão de mulheres no empreendedorismo e no mundo corporativo.

No painel “Indústria”, por exemplo, a presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES), Cristhine Samorini, abordou as missões da Nova Indústria Brasil e relembrou uma das funções da CNI dentro do WE Fórum que é “simplificar questões tecnológicas para aumentar as oportunidades de negócios e a inserção das mulheres nas indústrias”.

Presença das mulheres nas indústrias e a Nova Indústria Brasil foi pauta de painel moderado por Cristhine Samorini

A presidente do BRICS Women’s Business Alliance África do Sul, Lebogang Zulu, afirmou que a violência de gênero acompanha - e em muitos casos, na visão dela, cresce - o crescimento profissional das mulheres. “Enquanto nós alcançamos altas posições e avançamos em diferentes indústrias, também vemos que existem um aumento na violência de gênero. Acredito que isso acontece no mundo todo. Os homens não estão preparados para lidar com as mulheres em posição de liderança e ninguém está os preparando para trabalhar conosco. Não se trata de uma competição”, contou Zulu.


“Quando não estamos na sala, as decisões estão sendo tomadas para gente. Nós precisamos estar lá também”, complementou a representante do BRICS Womens Business Alliance.


No mesmo sentido, incentivando a participação do gênero feminino em todos os lugares, a diretora e consultora jurídica da China National Salt Industrial Group, Dun Yilan, reforçou que “a sociedade precisa dar mais chances para mulheres dentro das empresas. Enquanto isso, nós mulheres devemos nos unir e nos capacitar constantemente. Precisamos ser vistas como iguais, independentemente de gênero”. Ela representa a maior empresa de sal da Ásia e a segunda maior do mundo no WE Fórum deste ano.

"Quando não estamos na sala, as decisões estão sendo tomadas para gente. Nós precisamos estar lá também" - Lebogang Zulu

Quando questionada sobre a importância da presença de mulheres em todos os níveis de operação da indústria como uma estratégia de aumento de produtividade, Carolina Wosiack, representante da quinta maior empresa de alimentos e bebidas do mundo, a Kraft Heinz Global, reforçou que as mulheres são parte fundamental no processo de inovação de qualquer instituição.

“Percebo que a participação feminina e a inovação andam de mãos dadas. Temos que, cada vez mais, trazer mulheres para termos representatividade no que estamos criando, porque a inovação vem por meio da centralidade do criador e do consumidor e para isso precisamos ser diversos”, explicou Carolina.

Acesse o site do Woman Entrepreneur Forum para assistir essa e as outras palestras.

CNI trouxe compradoras de cinco países para rodadas de negócios

Paralelo ao WE Fórum, aconteceu o We Forum Business Networking, desenvolvido em parceria pela CNI e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), onde empresárias brasileiras negociaram com compradoras da Argentina, dos Estados Unidos, da Rússia, da República Dominicana e do Peru. A expectativa é que as negociações movimentem cerca de R$ 50 milhões em Alimentos, Cosméticos e Moda nos próximos meses.

Valeria Bouroncle reforça importância dos certificados de origem para exportação e importação

A peruana Valeria Bouroncle, dona da Vap Retail, veio para Brasília para explorar as possibilidades têxteis. A marca é produtora de peças de algodão com processos sustentáveis e certificados internacionais WPA e Social Responsibility FAMA / Disney Licensing / Universal Studios Licencing.

“Viemos com o objetivo de negociar insumos para nossa nova linha de roupas esportivas. Aqui no Brasil, encontramos empresas certificadas que atendem nossas expectativas e nossas condições para importar. A certificação desses insumos é uma dessas condições”, explicou Valeria. A empresária já participou de negociações com empresas brasileiras em São Paulo, Camboriú e Blumenau.

Valeria deixou como dica para quem deseja exportar que “é fundamental emitir certificações como o Certificado de Origem Digital (COD), porque no tratado do Mercosul, com certificado, você consegue um desconto considerável e, consequentemente, consegue ter um preço mais competitivo”.

Marca L’Avière foi criada pela Marianna Bezerra na pandemia de Covid-19

O outro lado de moeda

Atuante no nicho de joias, a empresária brasiliense Marianna Bezerra veio como vendedora para as rodadas do WE Fórum Business Networking. Ela criou a marca L’Avière ainda na pandemia de Covid-19, com o marido e sócio.

“Sempre quis empreender, mas foi durante esse período que me senti segura para investir em um negócio próprio e buscar uma qualidade de vida melhor. Decidi empreender em algo que eu amasse”, conta Marianna.

Ela participou das rodadas para começar a entender o mercado externo e começar a se preparar. Para ela, o tempo foi curto, mas deu para apresentar o mostruário, trocar cartões e agendar reuniões após o evento com a possibilidade de fechar negócios.

A empresária brasiliense Marianna Bezerra (de blusa branca) participou das rodadas como vendedora

Essa iniciativa faz parte do convênio da CNI com a ApexBrasil para intensificar a inserção das empresas brasileiras no comércio exterior via promoção internacional de negócios. Entenda.

Conheça a Rede CIN

Coordenada nacionalmente pela CNI, a Rede CIN promove a internacionalização das empresas brasileiras por meio de um conjunto de serviços customizados às necessidades.

Presente nas 26 federações de indústria dos estados e do Distrito Federal, a iniciativa conta com especialistas de comércio exterior que desenvolvem soluções encadeadas e complementares para os diversos níveis de maturidade das empresas brasileiras. Quer saber mais? Acesse o canal da Rede CIN.

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