Empresários de Brasil e Estados Unidos defendem acordo comercial entre os dois países

O documento, inédito, é assinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) , pela US Chamber, entidade que representa a indústria dos EUA e pelo Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu)

Faltando apenas duas semanas para a visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos, as indústrias brasileiras e norte-americanas entregaram aos presidentes dos dois países na última semana uma carta com os três pontos considerados prioritários pelo setor produtivo. O documento, inédito, é assinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) , pela US Chamber, entidade que representa a indústria dos EUA e pelo Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu). O primeiro pleito é que os governos ouçam os setores privados de ambos os países para identificarem os temas de um futuro acordo de livre comércio. A indústria defende ainda que seja retomada a negociação de um acordo para evitar a dupla tributação e o fim do visto para empresários e turistas que viajam de um país ao outro.

Uma pesquisa feita pela CNI mostra que o mercado norte-americano é o mais cobiçado pelo setor produtivo brasileiro. O levantamento, feito com 42 associações representativas de setores da indústria, da agricultura e de serviços, mostra que 63% dos empresários apontam aquele país como prioridade para a agenda de negociações comerciais do Brasil. Para a indústria, a importância tem uma justificativa: os Estados Unidos são os principais compradores de bens manufaturados do Brasil. A cada US$ 100 exportados, US$ 81 são de bens industrializados.

10 PAÍSES PRIORITÁRIOS PARA A AGENDA DE NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS DO BRASIL:

Estados Unidos - 63%
União Europeia - 63%
México - 61%
Colômbia - 41%
Peru - 37%
Costa Rica - 37%
Chile - 29%
Panamá - 29%
República Dominicana - 22%
Cuba - 22%

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