Aliança feminina do BRICS quer aumentar participação das mulheres no comércio exterior

De acordo com levantamento do governo brasileiro, 14% das empresas exportadoras pertencem principalmente a mulheres. Uma das metas da WBA Brasil é ampliar esse grupo em 2025

Esse ano de 2025 será estratégico para a integração entre a indústria brasileira e os mercados internacionais. Enquanto o governo brasileiro preside o BRICS 2025, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) exerce o secretariado executivo do Conselho Empresarial do BRICS (Cebrics) e da Aliança Empresarial de Mulheres (WBA). O tema escolhido pela liderança brasileira para esse período é o Construindo Pontes Globais: Mulheres Fortalecendo a Integração Econômica do BRICS

E entre os objetivos da liderança atual para o fórum feminino é aumentar a participação das empresas chefiadas por mulheres no comércio exterior, hoje de 14%, de acordo com a análise Mulheres no Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Formada por nove países membros – Brasil, África do Sul, Rússia, Índia, China, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã –, a aliança alinha agora a entrada do mais recente membro, a Indonésia. A estrutura conta com seis grupos de trabalho: Saúde, Desenvolvimento Inovador, Economia Inclusiva, Indústrias Criativas, Turismo Segurança Alimentar e Ambiental.  

Para a presidente da WBA Brasil e consultora executiva da CNBC Brasil, Mônica Monteiro, a participação das mulheres no comércio exterior vai trazer benefícios significativos para a economia e para a redução da desigualdade de gênero.


“Esta jornada é um compromisso coletivo para aumentar essa presença feminina no Brasil e no mundo. Estamos comprometidas em promover prioridades impactantes, o que inclui estimular negócios liderados por mulheres, implementar projetos de cooperação e entregar recomendações de políticas aos governos”, explica a executiva.


Trabalho da WBA é feito em quatro frentes 

As ações da WBA Brasil fazem parte da agenda do Fórum Nacional da Mulher Empresária (FNME), que é coordenado pela CNI. O Fórum representa empresas, federações de indústrias, associações setoriais e redes, conselhos e câmaras empresariais de mulheres; e as profissionais atuam para propor estratégias, ações e recomendações para acelerar o movimento pela paridade de gênero dentro das indústrias e por todo o país.

Conheça as quatro frentes do trabalho da aliança:
 
Promoção de negócios  

  • Encontros para promover negócios entre empresas lideradas por mulheres 

  • Nova edição do concurso de startups femininas do grupo (competição para identificar e promover essas empresas nos países membros) 

Elaboração de recomendações  

  • Reuniões virtuais dos grupos de trabalho do BRICS 

  • Entrega de recomendações de políticas públicas aos chefes de Estado 

Projetos de cooperação  

  • Execução de projetos de economia criativa 

Integração de novos membros  

  • Confirmação e garantia de engajamento das equipes dos novos países membros do BRICS 

Próximo encontro do grupo será o WeForum   

A liderança fará, no dia 27 de março, em Belo Horizonte (MG), mais uma edição do Women Entrepreneur Forum (WEForum) como parte das ações da aliança feminina, com o objetivo de potencializar o empoderamento econômico das mulheres. O evento internacional reunirá cerca de 400 executivas brasileiras e estrangeiras de diferentes paíse, além de setores produtivos em busca de negócios, parcerias e investimentos, em formato híbrido.

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