Prêmio Empreendedor Social reúne parceiros de impacto social e inova com soluções comunitárias

SESI, SENAI, Gerdau, Ambev, Coca-Cola e Vedacit patrocinam a segunda edição focada no enfrentamento à Covid-19, que reúne outros 27 apoiadores em 2021

O Empreendedor Social do Ano, que ganha uma segunda edição em resposta à Covid-19, é apoiado por uma série de parceiros que ajudam a torná-lo o principal concurso de empreendedorismo socioambiental na América Latina.

Neste ano, são 32 atores do ecossistema de impacto e inovação social no país que se somam às realizadoras, Folha de S. Paulo e Fundação Schwab, para reconhecer iniciativas que combatem os efeitos da pandemia do coronavírus e apontam para uma retomada econômica inclusiva.

Em mais um ano de pandemia, com escalada da desigualdade social, da fome, do desemprego, o conselho consultivo do prêmio –formado por 16 representantes, entre patrocinadores, parceiros e integrantes da Rede Folha de Empreendedores Sociais– apontou para a necessidade de ampliar ainda mais a diversidade da premiação.

“É fundamental valorizar experiências de resistência em um cenário de completo abandono social”, diz Sueli Carneiro, fundadora do Geledés. A fala foi corroborada por Adriana Barbosa, da Feira Preta: “Ribeirinhos, quilombolas e a periferia estão criando soluções disruptivas para lidar com o caos, e isso é regeneração.”

“Há casos de pequenos empreendedores, de bairro, espalhados pelo país, com histórias que merecem ser compartilhadas”, afirma Paulo Boneff, da Gerdau. “Tenho certeza de que a Folha terá essa sensibilidade.”

A partir da contribuição dos conselheiros foi criada a categoria Soluções Comunitárias, que se soma a o outras três: Emergência Sanitária, Inclusão Social e Produtiva e Inovação para Retomada.

O prêmio vai dar visibilidade ao combate à fome e às desigualdades e soluções em áreas como saúde, geração de renda, educação, moradia e ambiente. Também serão reconhecidos exemplos de resiliência e criatividade em territórios periféricos.

Para Andrea Margit, vice-presidente da Ashoka na América Latina, há pouca combinação entre inclusão e sustentabilidade no país. “Quais são os empreendedores sociais que estão trazendo oportunidades sociais e inclusivas?”, questiona.

“São 51 milhões de empreendedores na fila da inclusão produtiva”, diz Carola Matarazzo, presidente do Movimento Bem Maior.

O trabalho nos bastidores do Empreendedor Social, liderado pela jornalista Eliane Trindade, vai ganhando corpo ao longo do ano, em um calendário que inicia com a definição do prêmio e dos patrocinadores.

Neste ano, são SESI, SENAI, Gerdau, Ambev, Coca-Cola Brasil e Vedacit, empresas que desenvolvem programas que contribuíram com segurança alimenta, proteção sanitária de populações vulneráveis e fomento ao empreendedorismo.

A Gerdau investiu R$ 35 milhões na construção de centros de tratamento de combate à Covid-19 em tempo recorde. O programa Gerdau Transforma, que ajuda a tirar ideias de negócios do papel, formou 1.096 alunos no ano passado, dos quais 31% tiveram incremento em sua renda mensal.

“Acreditamos que o empreendedorismo é uma alavanca para empoderar pessoas e moldar um futuro melhor”, diz Paulo Boneff, líder de responsabilidade social da Gerdau.

A Ambev conduziu pesquisa com o Datafolha mostrando que metade das organizações sociais brasileiras teriam dificuldades para se manter após a pandemia. Apostando em soluções inovadoras para suas práticas ambientais, sociais e de governança, a cervejaria acelerou startups que usam tecnologia para aprimorar processos produtivos e reduzir impactos ambientais.

“Desde que começamos a apoiar o Empreendedor Social da Folha, conseguimos fortalecer nossa rede em todo o Brasil”, afirma Carlos Pignatari, gerente de impacto social da Ambev.

Para ele, o concurso se faz ainda mais necessário com o agravamento da pandemia. “Mostrar bons exemplos é uma forma de fazer o Brasil sonhar de novo”, completa.

Iniciativa liderada pelo Instituto Coca-Cola, o Fundo Estamos Nessa Juntos deu autonomia para que organizações sociais usassem as doações a partir de suas reais necessidades, que iam desde promover conhecimento sobre a doença até acesso à alimentação básica.

“O sistema Coca-Cola Brasil reforça seu apoio à premiação neste momento que exige união de toda a sociedade”, diz Daniela Redondo, diretora executiva do instituto e uma das finalistas da primeira edição do Empreendedor Social do Ano em Resposta à Covid-19, ao lado de Instituto Phi, Gastromotiva e Unas.

Com uma escuta potente, em 2020, a iniciativa ouviu 86 líderes comunitários pelo país e destinou mais de R$ 13 milhões em ações de conscientização, proteção e saúde e segurança alimentar em regiões vulneráveis.

A tríade formada por SENAI, SESI e Confederação Nacional da Indústria (CNI) efetiva o apoio do setor industrial ao concurso.

“O prêmio traz um justo reconhecimento a iniciativas de apoio a empreendedores nacionais que atuam em prol de uma sociedade mais equânime e inclusiva, movida pelo benefício do coletivo dos brasileiros”, diz Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.

Em 2020, o SENAI criou uma rede voluntária que conseguiu consertar 2.400 respiradores, engajando mais de 28 instituições que salvaram milhares de vidas. A iniciativa + Manutenção de Respiradores foi finalista da primeira edição do prêmio.

Também criaram um boletim sobre a Covid-19 para empresários e reforçaram ações para a retomada econômica. “O SESI e o SENAI contribuem para a formação e a qualificação de milhões de trabalhadores e jovens de baixa renda; a CNI dá apoio a empresas de diversos portes, incluindo pequenos e microempreendedores e startups", afirma Andrade.

Outra patrocinadora do prêmio é a Vedacit, cuja meta para 2025 é reduzir em 10% o índice de casas insalubres, transformando 1,6 milhão de habitações em moradias mais saudáveis. A empresa fomenta o ecossistema de habitação para baixa renda e destaca a importância da mobilização da sociedade para conter o agravamento da crise.

“Acreditamos em soluções colaborativas para criar e fortalecer o ecossistema de iniciativas para ajudar quem mais precisa neste momento difícil”, diz Luis Fernando Guggenberger, executivo de Inovação e Sustentabilidade da Vedacit. “A premiação dá luz aos empreendedores que trabalham arduamente para isso”, completa.

A primeira fase do Empreendedor Social do Ano conta com apoio jurídico do escritório SBSA Advogados, com a plataforma Prosas, que abriga o edital de inscrição no prêmio, e com apoio de mídia do UOL.

Os 12 finalistas são premiados com diversos benefícios concedidos pelos parceiros, entre cursos e mentorias e seleção para programas especiais, que somam mais de R$ 400 mil.

A reunião do conselho contou com a participação de, Andrea Magrit (Ashoka) Adriana Barbosa (Feira Preta), Aline Gonçalves e Beatriz Eufrásio (SBSA Advogados), Carlos Pignatari (Ambev), Francine Lemos (Sistema B), Heloisa Binello (Instituto Coca-Cola), Luis Fernando Guggenberger (Vedacit), Marina Spínola (Fundação Dom Cabral), Maure Pessanha (Artemisia), Paulo Boneff (Gerdau), Patrícia Lobaccaro (Brazil Foundation), Sueli Carneiro (Geledés), Thiago Alvim (Prosas).

Os interessados têm até o dia 2 de agosto para se inscrever em folha.com/empreendedorsocial2021.

O Empreendedor Social do Ano em Resposta à Covid-19 tem patrocínio de Gerdau, Ambev, Sesi/Senai e Coca-Cola. Conta com parceria estratégica de Ashoka, ESPM, Fundação Dom Cabral, Pacto Global, Prosas e UOL, além de 21 parceiros institucionais e de divulgação​. A realização é da Folha em parceria com a Fundação Schwab. ​

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