A mobilização da indústria para reparar ventiladores pulmonares, coordenada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), foi reconhecida pelo Prêmio Empreendedor Social como uma das 10 ações mais importantes para mitigar a pandemia de Covid-19 no Brasil.
A iniciativa + Manutenção de Respiradores, que reuniu unidades do SENAI, empresas, instituições e órgãos de governo, viabilizou, até 7 de dezembro, o conserto de mais de 2.470 ventiladores, que podem ter impacto na vida de 24,7 mil pessoas. A ação ficou entre as 10 selecionadas na categoria Mitigação da Covid-19 e foi representada, no prêmio, pelo diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi.
“O grande sentido disso, além do sentido maior de solidariedade e de uma rede do bem, foi a criação de uma rede mais intensa, de formação de pessoas e de uma rede empresarial colaborativa, com engajamento social”, avaliou Lucchesi.
A premiação, realizada há 16 anos pelo jornal Folha de S. Paulo em parceria com a Fundação Schwab, uma das comunidades do Fórum Econômico Mundial, se dedicou às ações de combate ao coronavírus.
Entre as mais de 400 iniciativas inscritas nesta edição, 30 foram selecionadas, sendo 10 em cada uma das três categorias: Ajuda Humanitária, Mitigação da Covid-19 e Legado Pós-Pandemia. Os finalistas foram conhecidos em evento virtual nesta segunda-feira (7/12).
O diretor de Redação da Folha, Sérgio Dávila, afirmou que as ações selecionadas nesta edição refletem um momento histórico da filantropia e do investimento social privado.
“Eles tiveram papéis fundamentais no socorro aos mais vulneráveis, no fortalecimento do SUS e na influência em políticas públicas para que a mobilização e engajamento da sociedade civil também deixassem contribuições para a retomada”, disse.
Iniciativa + Manutenção de Respiradores reuniu 700 voluntários
A Iniciativa + Manutenção de Respiradores formou uma rede com mais de 700 voluntários em 40 pontos para conserto de ventiladores, entre unidades do SENAI e empresas.
Participaram ArcelorMittal, BMW Group, Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Globo Comunicação e Participações, Ford, Fundação Oswaldo Cruz, General Motors, Honda, Hyundai Motor Brasil, Instituto Votorantim, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e POLI-USP, Jaguar Land Rover, Mercedes-Benz do Brasil, Moto Honda, Petrobras, Renault, Scania, Todos pela Saúde (Itaú), Toyota, Troller, Usiminas, Vale, Volkswagen do Brasil e Volvo do Brasil.
A mobilização teve o apoio do Ministério da Saúde, do Ministério da Economia, do Ministério da Defesa, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e da Associação Brasileira de Engenharia Clínica.