Projeto do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia é lançado no SENAI Cimatec

Centro de inovação irá desenvolver projetos nas áreas de espaço, defesa, mobilidade área avançada e aeronáutica

Quatro homens brancos de terno em pé sorrindo e um deles segurada avião em miniatura
Parceria entre SENAI Cimatec e governos federal e da Bahia impulsiona desenvolvimento industrial

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou, nesta quinta-feira (18), no SENAI Cimatec, da assinatura do acordo que cria o Parque Tecnológico Aeroespacial do Estado da Bahia. O projeto é fruto de parceria do Governo Federal, por meio do Ministério da Defesa e do Comando da Aeronáutica, com o estado da Bahia e o centro tecnológico. 

O parque, que vai ocupar quase um milhão de metros quadrados na Base Aérea de Salvador e administrado pelo SENAI Cimatec, será um ambiente dedicado ao fomento do ensino, à realização de pesquisas avançadas e à promoção da inovação no campo aeroespacial.


“Esse país precisa se dar uma chance ao seu potencial extraordinário porque ele é muito grande para ser tratado como pequeno. Mas há muita gente que teima em retroceder. Vir aqui anunciar esse parque não é uma coisa qualquer. Não podemos aceitar nada que digam que é impossível”, disse o presidente Lula, na solenidade. 


O projeto visa impulsionar o desenvolvimento socioeconômico, atrair investimentos, formar profissionais qualificados, criar empregos, contribuindo para a diversificação e fortalecimento da economia local. “Esta parceria vai diminuir as desigualdades regionais. É uma entrega promissora dos governos federal e estadual, com a participação das Forças Armadas, que vai deixar um legado de prosperidade”, disse o Ministro da Defesa, José Múcio. 

Homens de terno seguram documentos em pé em palco
Foram assinados cinco memorandos de entendimento, entre o SENAI Cimatec, o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da Força Aérea Brasileira, os governos federal e estadual e a FIEB com as empresas Embraer, Speedbird, Ael Sistemas

Pioneiro na região, o projeto vai receber R$ 650 milhões nos próximos 15 anos, fruto de parcerias público-privadas. O parque será um difusor de soluções em ciência, educação, tecnologia e inovação para os quatro principais desafios do setor: aeronáutica, espaço, defesa e mobilidade aérea autônoma.

“O parque tem como um dos pilares a educação para o desenvolvimento de mão de obra qualificada, que vai atender às demandas das empresas e estimular a criação de novos negócios. Como testemunha de todos os limites já superados pelo SENAI Cimatec, tenho a convicção de que o Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia erguerá as estruturas técnica e humana necessárias para atender os principais desafios do setor, contruindo, aqui na Bahia, um lançador de soluções, projetos e inovação para o nosso país”, celebrou o presidente da FIEB, Carlos Henrique Passos. 

No evento, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, destacou como o parque amplia as iniciativas de crescimento do país.


"Esse polo de desenvolvimento aeroespacial no nosso Cimatec é mais um para formar um grande ciclo de desenvolvimento tecnológico aeronáutico e aeroespacial para o Brasil. É esse ecossistema que nós queremos".

Homem de terno fala em púlpito com outras pessoas sentadas no palco
"Esse polo de desenvolvimento aeroespacial no nosso Cimatec é mais um para formar um grande ciclo de desenvolvimento tecnológico aeronáutico e aeroespacial para o Brasil", afirma Ricardo Alban

No lançamento, foram assinados seis memorandos de entendimento, entre a FIEB e o SENAI Cimatec, com instituições e empresas nacionais e internacionais que manifestaram interesse em fazer parte do ecossistema do Parque Aeroespacial. Firmaram acordos o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da Força Aérea Brasileira, a Embraer, a Speedbird, Ael Sistemas, Mira Aerospace e Akae, que também assinou o primeiro projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia,  com o foco em IA para em veículos autônomos. 

“Além dos quatro pilares – mobilidade avançada, defesa, espaço e aeronáutica -, vamos investir em outras áreas de competência, como biossegurança, eletrônica para ambientes extremos, robótica autônima e utilização de inteligência artificial e física quântica. Este é um mercado muito promissor, cujo mercado global terminou 2023 estimado em 800 bilhões de dólares, com crescimento anual de cerca de 6%. O Brasil já tem tradição e tem tudo para ser um grande player global”, apontou o diretor de Ciência e Tecnologia do SENAI Cimatec, Leone Andrade.

Auditorio com pessoas no palco e na plateia
Parque Tecnológico Aeroespacial do Estado da Bahia será um ambiente dedicado ao fomento do ensino, à realização de pesquisas avançadas e à promoção da inovação no campo aeroespacial

A previsão é que a primeira etapa do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia seja concluída no primeiro trimestre de 2025. Esta fase incluirá reformas em 11 prédios existentes. O projeto inclui, posteriormente, a instalação de dois hangares e a reforma de um hangar já existente. Os novos prédios devem ser concluídos até 2026, com a operação do parque iniciando no primeiro trimestre de 2025. O processo de implantação está em andamento, com o plano diretor detalhado e finalizado até maio deste ano.

O evento de lançamento do Parque contou com as presenças dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação); o senador Otto Alencar; o governador baiano, Jerônimo Rodrigues; o presidente da CNI, Ricardo Alban, o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Carlos Henrique Passos; além de outras autoridades, prefeitos baianos e representantes do setor aeroespacial.

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