O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) completa 50 anos nesta terça-feira (29) e, ao longo de cinco décadas, muito trabalho foi feito para para promover o crescimento da inovação no Brasil.
Podemos até não ver, mas a inovação está presente no nosso cotidiano de diversas formas. Às vezes por meio de um produto, uma forma diferente de divulgação e até na simples ação de mudar um parafuso de lugar. Por ser um fator imprescindível para o desenvolvimento de empresas e um aspecto fundamental do crescimento econômico dos países, a inovação ocupa papel central na missão do IEL.
“Nós trabalhamos com o conceito mais amplo de inovação, então todas as pessoas podem inovar. É possível inserir a inovação até em tarefas que já são desenvolvidas”, afirma a diretora de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e superintendente do IEL, Gianna Sagazio.
Para reforçar e ampliar atividades inovadoras na indústria nos últimos anos, o IEL criou o programa Inova Talentos, em que projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) nascem da parceria entre o Instituto com empresas e universidades. A ideia é simples: selecionar, capacitar e inserir no mercado de trabalho profissionais para exercerem atividades de inovação.
Rafael Ishikawa, pesquisador da empresa química Rodhia, é um dos talentos do programa. Ele conta que amadureceu bastante para o mercado de trabalho enquanto bolsista. “O tempo de Inova Talentos e o projeto que eu desenvolvi me capacitou para entrar no mercado muito mais preparado”, explica Rafael. A empresa é uma das filiais do grupo Solvay, conhecida mundialmente por suas soluções químicas inovadoras.
A empresa global Kimberly-Clark (K-C) também é parceira do IEL e tem obtido resultados positivos com o programa. De acordo com a gerente-sênior e especialista em Consume and Technical da K-C, Márcia de Ferrane, a inovação não se lê em livros. “A inovação se vive na prática” e o Inova Talentos proporciona essa experiência. Conheça um pouco mais do programa no vídeo a seguir:
De olho no futuro do país, o IEL lidera a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI). O movimento, que foi criado há 10 anos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), estimula as práticas inovadoras das empresas brasileiras e busca expandir as políticas de apoio à inovação. Um de seus grandes feitos foi a inserção da emenda 85/2015 na Constituição Federal. A lei promove e incentiva o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação e a inovação.
O IEL também é o principal apoiador do Prêmio Nacional de Inovação, que reconhece organizações inovadoras no Brasil. A iniciativa é resultado da parceria da CNI com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Uma amostra da importância foi o recorde de inscrições na edição passada: quase 4 mil empresas participaram.
Visando grandes possibilidades internacionais, em 2018 o IEL criou ainda o programa Inova Global, por meio da MEI. Diferentemente do Inova Talentos, esse programa auxilia a indústria brasileira na construção de parcerias com empresas de diversos lugares do mundo. A iniciativa também promove o intercâmbio de bolsistas e a recepção de pesquisadores estrangeiros para a execução de projetos inovadores, oferecendo inúmeros benefícios para a indústria.
“Os intercâmbios viabilizam transferência de conhecimento e habilidades entre institutos de tecnologia no exterior, empresas de classe mundial e a indústria que atua no Brasil”, pontua Gianna Sagazio.
Além disso, o IEL tem levado empresários, representantes do governo e de universidades para diversos lugares do mundo. O programa de Imersões em Ecossistemas de Inovação é um dos principais responsáveis por aproximar a indústria brasileira com o que há de mais avançado pelo mundo. Essa iniciativa oferece desde debates e palestras com profissionais reconhecidos, até visitas técnicas a centros de PD&I de referência. Em 2016, por exemplo, 23 representantes foram convidados a conhecer as novidades para a Indústria 4.0 na Alemanha. Já no ano passado, o programa levou os participantes para uma semana na Califórnia, visitando centros de pesquisas que atuam nas áreas de Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (AI) e Biotecnologia.
Mesmo sendo importante parceiro da indústria na inovação, o IEL segue exercendo sua primeira atividade: servir de ponte entre jovens estudantes e empresas por meio do estágio. A iniciativa, que já aproximou mais de 1,5 milhão de estudantes do mercado de trabalho, foi a primeira proposta inovadora do Instituto, criada em 1969. Desde então, o IEL contribui para a geração de novos negócios, para a inovação e consequentemente para o aumento da competitividade da indústria brasileira.