Nagi Digital abre chamada para instituições se inscreverem em programa de gestão da inovação

Propostas poderão ser inscritas entre os dias 28 de setembro e 18 de outubro. Selecionados participarão de programa da CNI e MCTI voltado para transformação digital no setor produtivo

Os projetos aprovados receberão apoio financeiro para aplicação da metodologia em ao menos uma empresa

Instituições interessadas em aperfeiçoar metodologias de gestão da inovação com foco na transformação digital do setor produtivo podem se inscrever, a partir desta segunda-feira (28), na nova chamada do Programa Núcleos de Apoio à Gestão da Inovação para Transformação Digital, o Nagi Digital. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), pretendem selecionar até 11 entidades nesta chamada pública.

As inscrições poderão ser feitas até 18 de outubro, por meio da submissão eletrônica de propostas. As instituições selecionadas passarão por uma etapa de alinhamento conceitual e harmonização de metodologias de gestão da inovação, com foco no processo de transformação digital das empresas. Haverá seis encontros à distância, o primeiro em 1º de dezembro. Todas as entidades que, após o alinhamento conceitual, tiverem seus projetos-pilotos aprovados receberão apoio financeiro para aplicação da metodologia em ao menos uma empresa

A diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio, alerta que o principal objetivo do programa é capacitar instituições com expertise em gestão da inovação para serem propagadoras de métodos inovadores com maturidade tecnológica. “A crise mundial provocada pela pandemia do coronavírus está acelerando a transformação digital em curso, trazendo novas respostas e soluções, inclusive de negócios”, destaca.

“Para que isso seja possível, é necessário que as organizações redefinam suas estratégias, incorporando a tecnologia como elemento chave dos negócios e integrando as operações e o capital humano em processos digitais”, completa Gianna Sagazio.

Para o secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, Paulo Alvim, é incontestável que a inovação tecnológica trouxe novos paradigmas para o desenvovimento dos estados e nações, e passará necessariamente pela 4ª revolução industrial, que traz em seu cerne a cultura da interconectividade, interoperabilidade e integração. “Isto envolverá não apenas uma, mas um conjunto de tecnologias habilitadoras como, inteligência artificial, internet das coisas, big data, computação em nuvem e outras”, destaca.

Paulo Alvim observa que as políticas públicas serão fortes aliadas no processo de contribuição e estímulo para que as empresas se preparem para essa nova realidade. “O projeto Nagi Digital representa um grande avanço neste sentido, desenvolvendo ações para que as empresas se insiram neste contexto de transformação digital, através da adoção de processos sistemáticos de inovação”, afirma o secretário do MCTI.

Novidades da nova chamada do Nagi Digital

Esta nova chamada do Nagi Digital tem novidades em relação à primeira, lançada em maio. Entre os critérios de seleção, terão peso maior a metodologia e a experiência da instituição e seus resultados nos programas de gestão da inovação e foi acrescentado um modelo de atestado de capacidade técnica, para que as instituições possam se basear nele. Também há previsão para que, se necessário, o Comitê de Avaliação e Acompanhamento solicite informações e documentos na pré-análise das propostas.

De acordo com o cronograma do Nagi Digital, o resultado preliminar com as instituições selecionadas será divulgado no dia 9 de novembro. O prazo para recursos administrativos será até 16 de novembro e o resultado final está previsto para o dia 23 do mesmo mês.

Resultado da última chamada

A primeira chamada pública realizada pela CNI em parceria com o MCTI selecionou quatro instituições para o programa. De acordo com o resultado, publicado no último dia 8, os selecionados foram o Instituto Euvaldo Lodi da Bahia (IEL-BA), de Minas Gerais (IEL-MG), de Sergipe (IEL-SE) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
 

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