LabSenai Cerâmica faz estudo inédito da qualidade da areia do norte do Estado

Estudo realizado com recursos do CNPq e em em parceria com a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) busca criar um banco de dados para contribuir na atração de indústrias interessadas em explorar a areia nativa do Estado

A equipe técnica do LabSenai Cerâmica, do CetecSenai Rio Verde, iniciou um estudo inédito em Mato Grosso do Sul para identificar a qualidade da areia (quartzo) encontrada nos municípios da região norte do Estado. O estudo realizado com recursos do CNPq é desenvolvido em parceria com a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e busca criar um banco de dados para fortalecer o desenvolvimento da região, contribuindo na atração de indústrias interessadas em explorar a areia nativa do Estado.

Segundo a gerente da qualidade do LabSenai Cerâmica, Vânia Carla da Silva Souza Brito, no período de 19 de dezembro do ano passado a 20 de fevereiro deste ano, foram coletadas amostras de areia nos municípios de Rio Verde, Sonora, Alcinópolis, Pedro Gomes, Costa Rica, Rio Negro, Corguinho e Coxim, incluindo o distrito de Silvolândia. "Trata-se de mais uma ação do CetecSenai Rio Verde em prol do desenvolvimento de tecnologia de processamento e uso sustentável das areias industriais de Mato Grosso do Sul", pontuou.

Ela destaca que o projeto levará à região norte um pensamento inovador, ainda não disseminado, sobre os setores minerais, de massas e esmaltes cerâmicos vidros e construção civil. "O nosso objetivo com a pesquisa é fazer uma prospecção e extração de areias para posterior análise granulométrica (verificação dos tamanhos do grão da areia) dos depósitos de areia industrial das formações geológicas denominadas de Ponta Grossa, Aquidauana e Botucatu, todas encontradas na região norte do Estado", detalhou.

Vânia Brito acrescenta que as coletas realizadas em 8 municípios da região norte do Estado consistiram na perfuração de 100 furos, sendo 5 furos em cada formação geológica, para a extração das areias. "Concluída essa etapa, nós iniciamos os ensaios granulométricos e, após a finalização deles, elaboramos os relatórios com profundidade dos furos, latitude e longitude do local da perfuração para encaminhar à UFSC. A previsão é de que, em dois meses, a Universidade nos envie os resultados sobre a qualidade da areia encontrada na nossa região", garantiu.

A gerente da qualidade do LabSenai Cerâmica explica ainda que o banco de dados ficará à disposição dos indústrias de todo o País, servindo para indicar os usos apropriados para as propriedades apresentadas e, assim, evitar desperdícios com a utilização da matéria prima com alta qualidade para fins de baixo valor agregado. "Hoje, a areia encontrada na região norte do Estado é utilizada apenas pela construção civil como mistura para o cimento. Com o estudo de qualidade, poderemos indicar se a nossa areia pode ser destinada à fabricação de vidro, de cimento ou como esmalte cerâmico", previu.

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