Sustentabilidade é a palavra de ordem do momento e motivos não faltam: se não mudarmos a forma como produzimos e consumimos as coisas, não vamos conseguir frear a mudança climática e teremos de enfrentar consequências cada vez mais duras. O próprio consumidor brasileiro já vem fazendo uma virada de chave e exigindo mais responsabilidade ambiental e social das marcas.
As respostas estão chegando, turbinadas por muita tecnologia e inovação. Do que você veste até o jeito de fazer o seu churrasco, já tem opções sustentáveis, sem abrir mão de praticidade e de estilo. Não acredita?
Nesse guia de compras sustentáveis, a Agência de Notícias da Indústria vai te provar que tem muitas coisas legais acontecendo no Brasil e que essas novidades estão ao seu alcance.
1. A churrasqueira biodegradável: prática, barata e amiga do solo
Já pensou em ter uma churrasqueira que cabe no bolso, literal e financeiramente? Pequena, barata e portátil, a Casusgrill chegou ao mercado brasileiro recentemente e é considerada uma das 100 ideias mais inovadoras do mundo. Criada na Dinamarca, ela é composta por materiais naturais, como papelão, pedras de lavas vulcânicas, grelha de bambu e briquete de carvão.
A tecnologia Quick Oxylite dispensa produtos inflamáveis para acender a churrasqueira, que fica pronta para uso em 5 minutos. A pedra vulcânica promove isolamento térmico e reduz a temperatura externa, facilitando o manuseio com segurança no preparo da comida e mantém o calor interno a 190 graus. A churrasqueira é biodegradável, o que facilita o descarte após o uso. Acabou o churras, acabou a zona.
2. Todo pote tem sua tampa... ou não!
Quem nunca passou pela raiva de perder a tampa do pote, quem nunca perdeu a batalha contra as bordas do filme plástico... A ideia dos panos de cera de abelha é acabar com isso e também oferecer uma solução sustentável para o armazenamento de alimentos. Produzido com matéria-prima natural e orgânica, também tem propriedades antibacterianas e antifúngicas que conservam os alimentos frescos por mais tempo.
A Favo é uma das primeiras empresas brasileiras a produzir os tecidos no país. Os panos podem ser modelados com o calor das mãos para criar diversos tipos de embrulhos e dobraduras. Além de deixar sua geladeira linda, ele pode ser um “quebra galho” durante uma viagem!
3. Calçando uma pet
A dica agora é para quem busca conforto, estilo e praticidade, aplicado ao consumo consciente e a economia circular. E, para isso, a indicação é a ideia revolucionária da Lapa, que utiliza tramas de garrafas pets na produção de seus calçados, dispensando o uso de processos químico e água. Ou seja: a produção também é carbono zero! A marca só utiliza matérias primas de origem nacional!
4. Dançando de biquíni degradável
Verão combina com biquíni, que não combina com poluição. Uma nova geração de marcas brasileiras quer juntar proteção solar, design e sustentabilidade por meio de tecidos tecnológicos biodegradáveis. Aqui trazemos quatro dicas para quem quer pisar a areia em grande estilo e com responsabilidade ambiental:
A Alma Brava (SC): a marca catarinense aposta na slow fashion, em peças com proteção solar e em matérias primas que não têm origem ou são testadas em animais.
A Sarau (GO): a moda cachoeira da marca goiana cria peças pensando em conforto, valorização do Cerrado e insumos certificados e biodegradáveis.
A Pitaia Rio (RJ) também aposta nos tecidos biodegradáveis e no controle de emissão de carbono na produção. tem a missão de usar matéria prima biodegradável, com selo de controle de emissão de C02. – RJ
A Acajou (RS) desenha as coleções a partir de tecidos tecnológicos e também com técnicas de upcycling.
5. A make de hoje vai ser a sustentável!
Que a brasileira adora maquiagem, não tem dúvida. Aliás, o Brasil é o 4º maior mercado mundial de beleza e higiene pessoal, segundo uma pesquisa da Euromonitor. Com um consumidor mais antenado às práticas sustentáveis, tem marcas respondendo ao desafio.
Uma delas é a BAIMS, empresa meio brasileira meio alemã, que já nasceu com a proposta de promover a beleza e a sustentabilidade. Os produtos são feitos a base de matérias-primas naturais ou orgânicas, não derivada ou testada em animais e livre de componentes tóxicos. Um atrativo a mais da marca são as embalagens de madeira.
A Cativa produz cosméticos com matéria-prima orgânica rastreada, traz elementos de aromaterapia e também tem ações de recolhimento de embalagens e sacolas plásticas para reciclagem.
Por último, a Care tem maquiagens e rotinas de pele no portfolio, produzidos com ativos orgânicos. A empresa também se classifica como uma clean beauty, ou beleza limpa, que não utiliza ingredientes que podem trazer riscos ao corpo e degradação ao meio ambiente.
6. Plante essa... etiqueta?
O papel semente é uma inovação que vem ganhando espaço no mercado. Então, etiquetas de roupas, tags, cartões e outros itens de papel podem se tornar adubo e plantas! A ideia é, ao invés de gerar lixo, transformar o papel em vida. Algumas empresas que atuam na área são a Papel Semente e a SPecologia, que trabalham com produtos que podem virar flores, verduras e, até mesmo, ervas medicinais.
7. Protetor solar bom não protege apenas a pele
Protetor solar é um item bastante importante na rotina de cuidados com a pele e um grande aliado na prevenção do câncer de pele. A questão é que muitos produtos contém substâncias nocivas à vida dos rios e oceanos. A indústria tem apostado no desenvolvimento de novas fórmulas, livres de ingredientes tóxicos, sem abrir mão da proteção à pele.
Este é o caso da marca Sol de Ibiza, que traz produtos resistentes à água, veganos, com fórmula orgânica certificada e livre de conservantes e ingredientes tóxicos.
A também brasileira Bioart desenvolveu um protetor solar a partir de uma tecnologia de fotoproteção natural, física, mineral e vegetal. A marca também levou a sustentabilidade para a embalagem: os frascos são feitos de cana de açúcar, um tipo de plástico verde, totalmente reciclável e renovável.
