CNI debate interação entre indústria e universidade para a área de inovação

Fórum de Articulação ICT-Empresa foi realizado na sexta-feira (29), em São Paulo, com a presença de representantes de indústrias e da academia

grupo de pessoas de diferentes idades, gênero e etnia sentadas em mesa retangular
Rpresentantes do meio acadêmico e empresarial se reuniram no 3º Fórum de Articulação ICT-Empresa

Cerca de 30 representantes do meio acadêmico e empresarial se reuniram na sexta-feira (29) no 3º Fórum de Articulação ICT-Empresa, no escritório da Confederação Nacional de Indústria (CNI) em São Paulo, para debater formas de aproximar universidades e indústrias em prol da agenda de pesquisa e desenvolvimento (P&D). A diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio, alertou que não há possibilidade de o país avançar nas áreas da ciência, tecnologia e inovação (CT&I) se não for por meio da chamada tríplice-aliança: união entre o poder público, o setor privado e a academia.


“Para além do papel essencial das universidades como espaço de debate, de formação e de pesquisa de qualidade em diversas áreas, as universidades podem atuar, e muitas atuam, como catalisadoras de inovação e de desenvolvimento”, destacou Gianna Sagazio. “Precisamos de um papel estratégico para as parcerias e colaborações que as universidades e os centros de pesquisa realizam com empresas e que geram impactos significativos para a sociedade e economia”, acrescentou.


Na reunião, realizada pela CNI em parceria com a Federação Global dos Conselhos de Competitividade, representantes da academia alertaram que as universidades estão cada vez mais dispostas a buscar parcerias com o meio empresarial para o desenvolvimento de projetos de P&D.

 

A presidente da Nanovetores, Betina Zanetti, pontuou que as parcerias entre academia e indústria são fundamentais para o sucesso de projetos. Segundo ela, a parceria deve ser estreitada desde o seu começo para que haja sucesso na empreitada. “Um alinhamento no início da relação é fundamental. A gente percebe que o resultado não é rápido. Estamos há três décadas plantando as iniciativas. Não é rápido, mas é preciso plantar. O plantio é livre, mas a colheita não é”, disse.

Na avaliação do presidente do Conselho Nacional de Educação, Luiz Roberto Curi, o avanço da inovação no país está diretamente vinculado ao desenvolvimento da agenda de educação. Para ele, a interação universidade-empresa ainda é “muito complexa no Brasil”, mas será por meio da educação que teremos avanços significativos nas áreas de CT&I.

De acordo com o especialista Carlos Lopes, professor da Mandela School of Public Governance, University of Cape Town (África do Sul), o mundo passa por uma transformação nos modelos de trabalho, o que impacta diretamente a indústria e a inovação. Ele falou sobre o desenvolvimento de competências por meio da pesquisa colaborativa e da inovação. “A característica da organização do trabalho vai ser completamente modificada. Estamos num momento de transição”, pontuou.

Ex-ministro da Educação e atual presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Renato Janine Ribeiro, alertou que o meio acadêmica está cada vez mais integrado a projetos em parcerias com a iniciativa privada. Segundo ele, esse é um caminho importante para a pesquisa avançar no Brasil. "Universidades não têm receio de trabalhar com empresas", destacou.

grupo de pessoas de diferentes idades, gênero e etnia sentadas em mesa retangular
Representantes da academia afirmaram que as universidades estão cada vez mais dispostas a buscar parcerias com o meio empresarial

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