A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou, nesta quinta-feira (20), o Observatório Nacional da Indústria, uma base de dados que reúne as principais informações sobre economia, mercado de trabalho, educação, saúde, além de acompanhar, monitorar e avaliar programas e ações voltados para a indústria brasileira. O espaço é dedicado a construir e articular conhecimento com foco em inteligência competitiva e terá o papel de subsidiar as indústrias a analisarem dados para tomada de decisões estratégicas.
“O Observatório trabalha com tecnologias inovadoras como inteligência artificial e algoritmos para coletar dados e fornecer informações fundamentais para a expansão do setor industrial. Contamos com um conjunto de bases de dados em franca expansão e uma rede de inteligência que permitirá aos empresários terem uma visão de longo prazo, abrangente e clara sobre as transformações do mundo moderno, os impactos dessas mudanças, além dos pontos fortes e das fragilidades da indústria brasileira em relação à de outros países”, explica o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
A base de informações da indústria, que permitirá análises e produção de estudos, está dividida em seis eixos: tecnologia e inovação, saúde, educação, trabalho, futuro da indústria e indicadores setoriais. Assim, será possível extrair informações para criação de cenários, estratégias, sobretudo de capacitação, formação de mão de obra e processo de manutenção das competências desses setores.
O diretor geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi, destaca que analisar dados e construir cenários para tomadas de decisões estratégicas é fundamental para o crescimento contínuo e sustentável da indústria. “Estamos diante de uma oportunidade de identificar as necessidades do setor com o objetivo de produzir conhecimento e inteligência estratégica, a partir de metodologias reconhecidas e estudos avançados de forma aplicada e com impacto nos negócios”, afirma.
Iniciativas de prospecção de tecnologias e mercado de trabalho
O Observatório Nacional da Indústria tem como desafio trazer novas tecnologias de gestão e inteligência que deverão ser utilizadas na definição de estratégias e prioridades do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Serviço Social da Indústria (SESI) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL). “Estamos construindo o maior Big Data (banco de dados) em temas de interesse do ecossistema industrial, e temos a oportunidade de analisar cenários futuros e fazer com que esse conhecimento chegue na indústria e para a sociedade”, explica o gerente executivo do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra.
Assim também fazem parte do Observatório: iniciativas de prospecção de futuro e articulação – como os perfis profissionais para o futuro do mercado de trabalho – projetos que dão continuidade às Rotas Tecnológicas e ações de longo prazo, prospectando tecnologias, impactos no mercado de trabalho e ofertas educacionais necessárias para a construção de futuros para os diversos setores industriais.
Conexão com as bases estaduais
O Observatório Nacional da Indústria surge com o objetivo de ser um hub de conexão com outras bases de dados que já existem nas federações. Ao todo, seis estados (Ceará, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso e Rio Grande do Norte) possuem observatórios em funcionamento. Essas bases oferecem produtos e serviços para atendimento de demandas de organizações, setores e territórios relativas às temáticas estratégicas para a economia, a sociedade e o governo local. “O Observatório surge com esse papel de ser um hub central para as federações, além de formar uma rede de informações futuras sobre a indústria”, reforça o diretor geral do SENAI, Rafael Lucchesi.
209 bases de dados de temas de interesse da indústria em processo de integração
Um dos pilares do Observatório Nacional é o Big Data cooperativo, que está num processo de integrar cerca de 209 bases de dados de temas de interesse da indústria. Os dados incluem dimensão econômica, mercado de trabalho, educação, tecnologia e inovação e saúde. Com isso, a expectativa é reduzir em 60% o tempo médio de realização de estudos. O Observatório terá um importante papel para a indústria ao disponibilizar diversas soluções, programas e produtos para as empresas, entre os quais estão as rotas, panoramas de inovação e sustentabilidade, além de diversas pesquisas.
Experiência imersiva
O Observatório é um ambiente multidisciplinar e colaborativo. O espaço físico é um lugar criativo, dinâmico e altamente tecnológico capaz de promover uma experiência imersiva de dados e conhecimento sobre temas relevantes ao ecossistema industrial brasileiro. O espaço foi projetado para realização de reuniões interativas com capacidade para até 60 pessoas.
Para Márcio Guerra, há um grande desafio de olhar para o futuro dos setores industriais e nos temas relevantes para SESI, SENAI e IEL. “Estamos diante de mudanças tecnológicas e organizacionais. Teremos a partir de agora acesso a uma base de dados que nos permitirá sermos estratégicos nas tomadas de decisões”, afirma.
Tanto no espaço físico, quanto no espaço digital, o foco é a maximização da experiência do usuário e por objetivos a facilitação da compreensão de temáticas complexas, a criação de insights e a tomada de decisões que desenvolvam a inovação, a sustentabilidade e a melhoria contínua do sistema.