Após a primeira reunião do Conselho do Programa SESI de Gestão Escolar (PSGE), realizada em julho (11), quatro das cinco escolas avaliadas foram pré-certificadas quanto à maturidade dos processos de gestão escolar. Essas unidades continuarão a ser avaliadas em conjunto com outras sete novas escolas que solicitaram a avaliação externa com a finalidade de obtenção da certificação. A nova reunião do Conselho do PSGE acontecerá em novembro e trará novas deliberações, observando-se, sobretudo, os resultados de aprendizagem do AVALIA SESI.
Em 2023, o Departamento Nacional do SESI, que coordena o programa, abriu o processo para certificação das escolas. As cinco unidades se inscreveram para receber a certificação. Todas elas receberam visitas dos avaliadores, que começaram em novembro do mesmo ano. As unidades precisarão cumprir uma série de requisitos, além de apresentar indicadores de aprendizagem.
“É muito interessante quando uma instituição como SESI olha para qualidade da gestão escolar. Não só como um sonho, mas com medidas bem concretas. Como criar um programa que inclui formação, avaliação e produção de material didático. Quando se olha para o conjunto, não são só as escolas do próprio SESI espalhadas pelo Brasil inteiro que se beneficiam, as próprias escolas públicas por exemplo podem se inspirar nessa estratégia”, diz a ex-diretora de Educação do Banco Mundial e atual presidente do Instituto Singularidades, Claúdia Costin.
Já o ex-ministro da Educação, Henrique Paim, afirma que as evidências demonstram que toda a escola que tem uma gestão voltada para aprendizagem consegue atingir resultados melhores. “Essa iniciativa de avaliar as escolas é uma estratégia correta, porque na verdade aponta para um nível de excelência de uma rede, de um sistema. Então o que a gente persegue sempre é fazer com que a escola consiga adquirir uma cultura de avaliação e de acompanhamento. Nós consideramos dois aspectos fundamentais, a aprendizagem e a inclusão”, reconhece.
Conheça o Programa SESI de Gestão Escolar
O Programa SESI de Gestão Escolar foi lançado em agosto de 2021 com objetivo de ser um modelo de referência para as instituições de ensino. Ele é estruturado em cinco áreas: liderança e planejamento pedagógico; gestão administrativa financeira; desenvolvimento profissional; relacionamento com alunos, pais e comunidades; e gestão de resultados. Além disso, o PSGE é dividido em sete etapas: formação inicial, ações preparatórias, diagnóstico escolar, plano de melhoramentos, apuração de resultados, avaliação externa e certificações.
Atualmente, 108 escolas da rede participam do programa. Destas, 81 começaram a implementar as ações no ano passado. As outras 27 começaram suas atividades no 1º Ciclo, em 2021, já concluíram a formação dos gestores e estão em fase avançada de implementação do plano de ação.
Além de Claudia Costin e Henrique Paim, participaram da reunião Chico Soares, ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, Vasco Moretto, consultor educacional, Manoel Alves, doutor em ciências da educação e presidente da Fundação L’Hermitage e Tobias Ribeiro, gestor e consultor educacional.
Além disso, o SESI foi representado pelos conselheiros Wisley Pereira, superintendente de Educação, e Kátia Marangon, gerente do Centro SESI de Formação em Educação. Annyella Nogueira, especialista de Desenvolvimento Industrial, Tatiana Motta, especialista de Desenvolvimento Industrial, Leonardo Lapa, gerente de Educação Básica e Ruan Vitório, analista de Desenvolvimento Industrial também contribuíram com informações ao conselho.
Na visão do ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, Chico Soares, não haverá uma Educação de qualidade no país sem monitoramento dos processos e dos resultados. “Nós temos que entender os processos, os insumos da escola. A partir disso, monitorar se a escola possui esses elementos de forma adequada e como eles estão sendo efetivados, além de monitorar os resultados das ações no aprendizado dos estudantes”, explica.
O consultor educacional, Vasco Moretto, reforça que a função do modelo é justamente proporcionar uma melhoria da qualidade de aprendizagem das escolas de todo o Brasil. “Para se ter uma aprendizagem, precisa ter parâmetro sobre o que é aprender. Assim, podemos passar para os professores o que é ensinar. Todos os parâmetros que nós colocamos aqui na reunião são para melhorar o nível da gestão, o que consequentemente leva a melhoria do ensino”, conclui.
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