
Foi do sofá de casa que a jovem Evelyn Vitória Franco, de 15 anos, descobriu um novo asteroide. Tudo começou quando a estudante resolveu participar do programa Caça Asteroides 2022 da Escola SESI – Imperatriz, no Maranhão, onde cursa o 1º ano do ensino médio.
O projeto é uma parceria da NASA, a agência especial dos Estados Unidos, com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Por meio da iniciativa, os alunos acessam imagens fornecidas pela agência espacial internacional e aprendem a identificar corpos celestes, além de programar e analisar os números encontrados. Cada equipe participante recebe um pacote de registros para examinar e treinar o que aprendeu no projeto. As imagens que os estudantes conseguem ver são do Telescópio Facility, no Havaí.
E foi diretamente desse paraíso no meio do Oceano Pacífico que o mais novo asteroide descoberto por uma jovem maranhense deu o ar da graça.
“Não é tão fácil encontrar um asteroide. Quando cheguei à conclusão que era um, foi uma emoção grande. Nunca fui muito ligada à astronomia, mas curti a proposta da escola em nos levar a contribuir com a ciência”, conta com empolgação.
Os asteroides são corpos rochosos com órbita definida ao redor do sol e fazem um movimento característico. Foi essa peculiaridade que ajudou Evelyn a identificá-lo.
Do Maranhão para o mundo
O programa da NASA existe para divulgar a ciência e a astronomia entre pessoas de todas as idades e nacionalidades. De quebra, a agência espacial ganha uma mãozinha para identificar novos corpos celestes que podem, eventualmente, oferecer alguma ameaça à Terra.
A descoberta de Evelyn rendeu a ela e seus oito colegas de equipe um certificado de reconhecimento da NASA. E os estudantes também conquistaram o direito de batizar o asteroide. O nome escolhido foi uma homenagem à instituição de ensino: SESI 002. A indústria está muito orgulhosa desse time! 😊
A professora de biologia e líder da equipe, Rayara Guedes, explica que, ao detectar o objeto, os estudantes marcam as coordenadas, fazem o relatório e enviam para a NASA, que vai estudar o caso e definir a órbita em que está o asteroide identificado.
“Além de ser uma iniciativa excelente e inovadora, desperta nos alunos o interesse e curiosidade por métodos científicos, e isso é muito positivo para construção da carreira e, de certa forma, para o bem-estar geral, já que o programa é uma forma de evitar catástrofes futuras”, comenta a professora.