Profissionais técnicos capacitados, alunos do SENAI se transformam em empreendedores de sucesso

Ter espírito empreendedor é apenas o começo de histórias de sucesso

Sérgio Fagundes, ex-aluno de Elétrica do SENAI: de catador de material reciclável a empresário de sucesso

Quem vê o empresário paranaense Sérgio Fagundes jamais imaginaria que, quando criança, ele foi catador de material reciclável para ajudar no sustento da casa. Hoje é dono da Insight Energy, empresa paranaense especializada em reparação e fabricação de componentes para geradores de energia elétrica, com faturamento anual de R$ 6 milhões. O sonho de ter umaprofissão e de empreender , conta, surgiu na adolescência, quando fez curso profissional de Eletricidade no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), em Londrina (PR). 

Ter espírito empreendedor é apenas o começo de histórias de sucesso . É preciso, também, tino empresarial e conhecimento do ofício . Casos como o de Fagundes, cuja empresa possui quatro escritórios em três estados e emprega 80 funcionários, felizmente, são comuns entre egressos do SENAI, onde a formação técnica e profissional de qualidade tem oferecido uma base sólida para as pessoas realizarem o sonho de ser donos do próprio negócio. 

Outro diferencial na capacitação de alunos do SENAI para o mundo do trabalho é a própria participação nas competições técnicas, como a Olimpíada do Conhecimento e a WorldSkills. Eletricista de manutenção e instalação industrial e predial formado no SENAI Taguatinga (DF), André Ramos de Freitas aprendeu com as rigorosas rotinas de treinos a ter disciplina, qualidade que hoje emprega à frente da Engeforce, empresa do ramo da qual é sócio desde 2005.

Primeiro competidor brasileiro a conquistar um ouro em eletricidade na WorldSkills, em 1999, Freitas conta que o aprendizado da época do ensino técnico e das competições o tem ajudado a se diferenciar no mercado brasiliense. Mas faz um alerta: “Não se pode sair do curso técnico para ser empreendedor. É necessário se dedicar e ter experiência de mercado para adquirir bagagem para, daí sim, se arriscar no mundo dos negócios”, aconselha. 

Campeão em torneios na área de Elétrica, Gilvan Menegoto hoje emprega 75 funcionários

APRENDIZADO CONTÍNUO – Campeão de diversos torneios de educação profissional e medalha de bronze em elétrica em competição internacional, em 1991, o gaúcho Gilvan Menegoto, de 44 anos, passou a dar atenção especial aos estudos após se matricular no SENAI de Caxias do Sul (RS). Já no mercado de trabalho, no entanto, sentiu necessidade de ampliar seus conhecimentos para crescer profissionalmente e ingressou na faculdade de engenharia de automação industrial .

Antenado às necessidades da indústria na região, decidiu abrir o próprio negócio, em 2000, e hoje a Automatus conta com 75 funcionários –  a maioria egressa do SENAI, dois dos quais medalhistas em torneios de ensino profissional. A aplicação da filosofia de preparo da época de escola na gestão da empresa, avalia, tem sido fundamental para o sucesso. “É um processo repetitivo, mas é essencial para se melhorar a técnica e os produtos desenvolvidos. Trouxe isso para área de pesquisa e desenvolvimento onde são criados novos produtos”, diz.

Formada no Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (SENAI-Cetiqt), do Rio de Janeiro, a estilista Andrea Marques conquistou estágio na Maria Bonita, uma das marcas mais conceituadas de moda feminina logo após concluir o curso, onde aprendeu o processo de produção de roupas: da concepção, modelagem e montagem em todos seus aspectos técnicos. “Foi um curso bem completo e de grande importância na minha formação”, destaca

Andrea não demorou para chegar a direção criativa do grupo, onde permaneceu durante 15 anos, até abrir o próprio negócio, em 2007. Sua marca, que leva o próprio nome, desde 2010, participa anualmente do Fashion Rio – uma das principais mostras de moda do país –  e já produziu coleções para uma das maiores redes de loja de departamentos.

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EMPREENDEDORISMO – De acordo com pesquisa Empreendedores Brasileiros: Perfis e Percepções 2013, feita pela Endeavor em parceria com o Ibope, 76% dos brasileiros prefeririam ter um negócio próprio – a segunda maior taxa do mundo, atrás somente da Turquia. No entanto, apenas 19% achavam provável abrir um negócio nos próximos cinco anos.

Entre os perfis de empreendedores apresentados no levantamento, o mais comum é o provedor, com 33%, composto principalmente por mulheres e pessoas mais velhas, com mais baixa escolaridade e renda pessoal. Outros são o desbravador (20%), que quer abrir um negócio para ganhar dinheiro, mas não possui experiência e renda, e o empolgado (16%), que quer empreender para ter mais independência pessoal.

SAIBA MAIS
Olimpíada do Conhecimento 2016
Quando: de 10 a 13 de novembro
Onde: Ginásio Nilson Nelson (estacionamento e parte interna) – Brasília / DF
Horário de visitação: 9h às 17h (todos os dias)
Site oficial: http://www.mundosenai.com.br/eventos/olimpiada-do-conhecimento/
ENTRADA GRATUITA

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