O mestre das bolsas: baiano ganha mais de R$ 1,8 mi para estudar de graça em Dartmouth, nos EUA

Ex-aluno do SESI, Juan coleciona diversos auxílios estudantis e é selecionado para a bolsa mais prestigiada em uma das melhores universidades do EUA

Ele deve ser o mestre das bolsas de estudo. Já contamos aqui a história do Juan Teles, o ex-aluno do SESI Bahia que já foi do New York Times ao ensino médio na Polônia por meio de bolsas. A próxima parada do estudante de 18 anos é nada mais nada menos do que a universidade Dartmouth, uma das seletas integrantes da Ivy-League, a liga das oito mais prestigiadas instituições de ensino superior dos Estados Unidos. Ele é o primeiro brasileiro a receber a bolsa King Scholar, disputada por 50 mil pessoas.  

A seleção garante US$ 375 mil (mais de R$ 1,8 milhão) para cursar o ensino superior na universidade. A bolsa cobre ainda passagem, visto, equipamentos eletrônicos, livros, um auxílio moradia mensal de US$ 1 mil e uma força de US$ 10 mil para enriquecimento acadêmico, que pode ser usado para custear formações adicionais.  

Até o momento, Juan quer estudar economia e seguir carreira na diplomacia. “Também quero fazer dupla graduação em economia e governo e uma subespecialização em estudos latino-americanos, que é realmente focado em diplomacia”, afirma.  

Auxílio para voltar pra casa e fazer o que mais ama: pesquisa!  

O King Scholar da Dartmouth financia o desenvolvimento de projeto de pesquisa no país de origem do aluno. Isso garante a Juan um semestre de volta ao Brasil para fazer uma pesquisa acadêmica relacionada à área de estudos. “Sempre disseram que fazer pesquisa foi o que me tornou destaque para ser aceito nas bolsas. Com certeza, ser pesquisador mudou minha vida e quero continuar a fazer isso”, explica o bolsista. 

Outro benefício é um auxílio viagem para Nova York, São Francisco e Washington, onde os bolsistas se reunirão com autoridades de organizações internacionais, como Banco Mundial e Organização das Nações Unidas (ONU). 

Como um King Scholar, Juan começará o ano letivo participando de um programa de liderança específico para os selecionados. Pela bolsa, o estudante também terá acesso à estágio e outros programas de desenvolvimento acadêmico.  

De NY para Polônia e voltando aos EUA! Juan viaja o mundo com bolsas estudantis 

Colecionando 33 bolsas acadêmicas nacionais e internacionais, o seu maior desejo sempre foi conhecer o mundo. Foi com esse foco, que Juan aprendeu sozinho três línguas, liderou projetos de pesquisa e recebeu muito prêmios acadêmicos. 

Uma das grandes conquistas do estudante foi a bolsa de 100% para um programa de verão no NY Times. Depois, ganhou mais de R$ 500 mil na Akademia High School, em Varsóvia (Polônia), onde recebeu uma vaga para concluir o ensino médio em uma das melhores escolas da Europa. Foi na Polônia que Juan teve a oportunidade de desenvolver ainda mais seu currículo, participando de cursos em universidades de peso, como a Yale University. 

Além da bolsa em Dartmouth, o estudante também recebeu vaga para graduação na Babson College (Massachusetts, EUA), com 95% de bolsa, na Bard College Berlin (Alemanha), com 100% de bolsa e uma vaga na Stetson University (Flórida).  

O segredo para conquistar tantas bolsas, nas palavras de Juan, foi ter estudado no SESI-BA. “Na minha aprovação de Dartmouth, ficou claro que o boletim de maior peso foi o do SESI e isso me deixa muito feliz de ter feito parte dessa escola. Foi lá que tudo começou”, diz o estudante.  

Por que as sardinhas mudaram a vida do Juan?  

Assim que entrou no SESI-BA, Juan começou a participar do grupo de pesquisa SMOTES (Sistema de Monitoramento do Tempo e Estudos Socioespaciais), onde se tornou bolsista pelo programa de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Juan diz, com muito orgulho, que participar de pesquisa é considerado o seu grande diferencial acadêmico.   

O projeto foi dividido em duas frentes: solução econômicas e visibilidade às realidades sociais. Foi no Porto de Sardinhas, da Bahia, que o estudante conheceu a história de mais de 2,7 mil mulheres tratadoras de sardinhas, que trabalham mais de 12 horas para tirar um sustento que pode nem chegar a um salário-mínimo.   

O projeto contou com uma parceria com o SENAI CIMATEC e tinha o objetivo de encontrar uma solução para o resíduo do manuseio das sardinhas, que, segundo Juan, pode chegar a 10 toneladas diárias. O grupo desenvolveu uma farinha proteica para ser utilizada pela indústria PET, na composição de rações, além de outras soluções para os resíduos que podem ser convertidas à renda das tratadoras.    

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