O especialista em Desenvolvimento Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marcelo Pio, apresentou nesta sexta-feira (14), durante conferência na WorldSkills, o modelo usado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) para acompanhamento da evolução tecnológica das profissões no Brasil. Ao lado de representantes da indústria e da academia de países dos BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), Pio ressaltou que o objetivo do modelo é manter a formação profissional do SENAI atualizada em relação às demandas por formação profissional de empresas nacionais de diferentes setores.
“O modelo busca identificar quais prováveis mudanças podem acontecer em perfis profissionais num horizonte de cinco ou dez anos e propor recomendações ao Sistema SENAI para que ele possa manter perfil profissional, desenho curricular e cursos aderentes à demanda da indústria”, disse Marcelo Pio, no painel Formação de uma visão conjunta sobre o desenvolvimento .
Nos últimos anos, os países dos BRICS transformaram o mapa do mundo da educação, trazendo milhões de pessoas à escola, formando centros de aprendizagem de nível mundial, promovendo a inovação e compartilhando experiência e conhecimento.
Frederico Lamego
Na abertura do painel, o CEO da WorldSkills 2015, Frederico Lamego, defendeu uma ampla integração entre os representantes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, voltada para o desenvolvimento da educação profissional. “Temos que trabalhar em conjunto para o desenvolvimento de uma agenda de parcerias. Os países dos BRICS se unirão para transformar a educação, com o objetivo de realizar projetos em conjunto para a promoção de competência para as habilidades”, discursou Lamego.
Representantes dos demais países dos BRICS também fizeram palestras, com exceção da China. Todos traçaram um panorama do ensino geral e técnico nas respectivas nações e defenderam a integração em prol do desenvolvimento educacional. A diretora da Câmara Indiana do Comércio e Indústria, Shobha Ghosh, observou que a Índia ainda tem um longo caminho a percorrer, uma vez que, segundo ela, cerca de 50% da população é de analfabetos ou pessoas que não concluíram o primário. Ela destacou ainda que, recentemente, o país lançou um portal nacional de serviços de carreira. “Ainda estamos começando. Temos muito a crescer e há muito a aprender com o sistema brasileiro”, frisou.
Para Raymond Patel, executivo de uma empresa sul-africana, a WorldSkills é o ambiente ideal para que os países parceiros discutam um currículo conjunto para a área educacional. “Temos que parar de competir. Vamos nos unir”, defendeu. Já Pavel Luksha, professor da Escola de Gestão de Skolkovo de Moscou, propôs a criação de uma competição nos moldes da WorldSkills entre países dos Brics. Ele apresentou o resultado de um estudo que conduziu na busca de prioridades para os Brics. A conclusão é de que a infraestrutura é a área com maior potencial para cooperação, mas ressaltou que a educação também aparece como setor prioritário para o compartilhamento de informações.
A WORLDSKILLS – O evento é realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e pela Confederação Nacional da Indústria . A equipe brasileira é formada por 50 alunos formados no SENAI e seis no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) . Essa é a maior delegação já reunida pelo país para a competição internacional.
VISITAÇÃO GRATUITA – A entrada é de graça. No sábado, a visita vai de 9h às 16h. Ônibus gratuitos saem de hora em hora em frente ao Arquivo Público de São Paulo, perto da estação Tietê do metrô. A volta para o local de partida também sai de hora em hora.
LINKS RÁPIDOS
Conheça a delegação brasileira: www.senai.br/delegacaobrasileira
Informações gerais: www.senai.br/worldskills
Cobertura completa: www.portaldaindustria.com.br/senai/canal/olimpiada_noticias
Site oficial: www.worldskillssaopaulo2015.com
Tour virtual: www.escolhafuturo.com.br
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