Na escola, os alunos do ensino médio desenvolvem as atividades em salas-ambientes, laboratórios de diversas áreas e em espaços abertos
A escola SESI de Ensino Médio Eraldo Giacobbe, em Pelotas (RS), foi uma das 178 instituições educacionais de todo o Brasil reconhecidas pelo Ministério da Educação como exemplo de inovação e criatividade na educação básica. Em setembro de 2015, o órgão federal abriu uma chamada pública para identificar e conhecer iniciativas inovadoras e também para saber em que medida elas podem contribuir para a melhoria da qualidade da educação brasileira. No total, 682 entidades apresentaram suas experiências. A escolha das instituições levou em conta aspectos da gestão, currículo, ambiente, métodos e articulação com outros agentes.
No SESI da cidade gaúcha, uma das 73 iniciativas de ensino médio destacadas, os cem alunos matriculados nos três anos do ensino médio desenvolvem suas atividades em salas-ambientes, laboratórios de diversas áreas e em espaços abertos. As salas são mobiliadas com mesas articuláveis que permitem a formação de duplas ou grupos em aula. A escola promove também saídas de campo e custeia a participações de alunos em feiras científicas, campeonatos esportivos e passeios culturais.
“A abordagem é contextualizada e interdisciplinar, viabilizada por uma proposta didático-metodológica que atende às diversidades dos grupos e indivíduos. Todos são respeitados nos seus ritmos e estimulados a ampliarem seus repertórios, de forma coletiva, mas singular”, revela a descrição feita pela própria escola ao MEC.
No vídeo, você pode ver detalhes do funcionamento da unidade. A carga horária para os três anos no ensino médio é de 5 mil horas, mais que o dobro do mínimo exigido pelo MEC. Há também a figura do professor coach. Clique acima e conheça a escola.
De acordo com o superintendente regional do SESI-RS, Juliano André Colombo, o modelo educacional foi construído a partir da identificação das melhores práticas existentes no ensino médio no Brasil e no mundo. “Está prevista a implantação de mais cinco escolas. A próxima já entrará em operação no próximo mês de março, duas em 2017 e outras duas em 2018”, revela. A ideia – diz ele – não é ter uma grande rede, mas algumas escolas que possam servir de referência para a mudança do modelo educacional brasileiro.
SOBRE A CONSULTA - A maior parte dos projetos selecionados pelo MEC (74,3%) são escolas e, as demais 25,7%, organizações educativas que atuam na formação de crianças, adolescentes e jovens, algumas com foco específico em cultura, comunicação, tecnologias digitais ou educação ambiental. Entre elas, 52,5% são públicas e 47,5% são particulares. Oitenta e três instituições desenvolvem propostas com crianças da educação infantil, 135 trabalham com alunos do ensino fundamental, 73 estão voltadas aos adolescentes do ensino médio e 40 atuam na educação de jovens e adultos. O Ministério vai acompanhar o desenvolvimento de todas elas.
