O programa ViraVida, criado pelo Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (SESI-CN), será apresentado, nesta semana, ao governo, instituições sociais e empresas do México. O objetivo é aprofundar as discussões sobre uma possível transferência da metodologia do projeto brasileiro para que o governo mexicano possa criar um programa de enfrentamento à violência sexual de crianças e adolescentes, baseado no modelo desenvolvido pelo SESI.
O presidente do Conselho, Jair Menegueli, está no país para se reunir com autoridades governamentais e representantes da Comissão Intersetorial para a Prevenção Social da Violência e Delinquência e da Subsecretaria de Governo.
TECNOLOGIA SOCIAL RECONHECIDA - O ViraVida, presente em 21 estados brasileiros, já atendeu mais de 5 mil jovens, com idades entre 14 e 24 anos, em situação de violência sexual. Em maio, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu o programa como Tecnologia Social, em seminário realizado em Nova Iorque, para países como Índia, Congo, Colômbia e México.
No evento, realizado na sede da ONU, pelo SESI-CN, em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), os países participantes discutiram a violência sexual e a situação dos jovens no mundo e assistiram a apresentações sobre a metodologia do ViraVida e sobre a transferência do Programa para El Salvador, uma experiência piloto iniciada em dezembro de 2013, com apoio da ABC.
O VIRAVIDA - Premiado pela Secretaria de Direitos Humanos em 2013, o ViraVida é um programa de inclusão socioprodutiva que promove a restituição de direitos a adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social.
Além de formação profissional, saúde, esporte e cultura, o ViraVida promove a elevação da escolaridade, restituição de vínculos familiares rompidos e recuperação da autoestima por meio de acompanhamento psicossocial.
Em seis anos de existência, o ViraVida garantiu a inserção de 65% dos jovens formados no programa no mercado de trabalho.