Diego pretende buscar aperfeiçoamento na Alemanha

Focado na conquista da medalha de ouro na WorldSkills 2015, ele avalia que a competição será de alto nível, mas que o Brasil tem condições de garantir ótimos resultados

Diego é Caxias do Sul (RS)

Aos 16 anos, Diego já tinha em mente que a mecatrônica poderia render um futuro promissor. Em Caxias do Sul (RS), onde morava, ele já estava de olho nas escolas técnicas pensando em um aprendizado que o ajudasse a entrar na indústria. Um primo que estudava no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) foi quem incentivou Diego a investir na área. “Ele fazia o curso de automação industrial e disse que tinha mercado em Caxias para esses tipos de cursos. Eu fiquei interessado, comecei a pesquisar com amigos sobre a atividade e concluí que era bom mesmo”, diz.

Diego sempre quis trabalhar com máquinas. Por isso, decidiu fazer o curso. O profissional de mecatrônica, explica Diego, une a mecânica, a eletroeletrônica e a comunicação por parte de computadores, para, a partir daí, fazer um processo automático de uma linha de produção. “Foi uma ótima escolha na minha vida. O mercado é de fato muito grande em Caxias, que é o segundo polo metal mecânico do país. A empregabilidade nessa área é muito boa”, afirma.

Ele diz que sempre teve o apoio da família nas escolhas da carreira, desde o início do curso até a participação nas competições. Aos poucos, os resultados foram aparecendo. Ouro na competição estadual de profissões técnicas e na disputa da WorldSkills Américas em Bogotá, na Colômbia. Na Olimpíada do Conhecimento, em 2014, Diego participou do projeto Top One, um treinamento especial visando a competição internacional em São Paulo.

Além de muitas oportunidades no mercado de trabalho, Diego diz que a escolha pelo curso técnico foi um diferencial na vida dele. “Eu não estava preparado para nada, nem para faculdade e muito menos para a indústria. A partir do curso, mudei minha visão profissional, principalmente pela experiência que ganhei no SENAI com a prática do dia a dia do trabalho desenvolvido na indústria”, diz.

OURO E FUTURO – Agora, Diego está focado na conquista da medalha de ouro na WorldSkills 2015. Ele avalia que a competição será de alto nível, mas que o Brasil tem condições de garantir ótimos resultados. A prioridade do jovem agora é subir no pódio, mas ele sabe que a vida continua depois da disputa.

“Ainda estou pensando o que vou fazer depois da competição. Talvez atuar no próprio SENAI ou, quem sabe, seguir direto para a indústria. Depende das propostas”, afirma o gaúcho, que também pretende  concluir a faculdade de Engenharia Mecânica e estudar fora do país. “Tenho vontade de ir para a Alemanha aperfeiçoar meus conhecimentos”, explica.

A WORLDSKILLS - O Brasil será representado por 56 jovens profissionais técnicos na 43ª edição da WorldSkills Competition, que será realizada em São Paulo de 11 a 16 de agosto. Essa é a maior delegação já reunida pelo país para a competição. Na WorldSkills, os 1.200 competidores, todos com menos de 22 anos de idade, de 62 países, disputam medalhas em 50 profissões da indústria e do setor de serviços.

Ao longo de quatro dias de provas, eles precisam alcançar índices de excelência ao executar tarefas semelhantes às que realizariam em situações reais do dia a dia das indústrias ou no setor de serviços. Todos são avaliados pelas habilidades técnicas e pessoais.

SAIBA MAIS - Saiba tudo sobre a WorldSkills São Paulo 2015. Acesse o site da disputa. Para conhecer os outros competidores brasileiros, acesse o site da Olimpíada do Conhecimento/WorldSkills, do SENAI.

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