Debate sobre futuro da educação reúne especialistas

Em transmissão promovida pelo Metrópoles, diretor de Operações do SENAI, Gustavo Leal, compartilha experiências com o ensino a distância e as perspectivas para o futuro

Para o diretor de Operações do SENAI, Gustavo Leal, pandemia acelerou uso de tecnologias na educação

As tendências e os desafios para o ensino pós-pandemia pautaram debate entre especialistas promovido pelo portal Metrópoles. A live Educação do Amanhã: o ensino no novo normal, transmitida nesta quinta-feira (11), contou com a participação do diretor de Operações do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Gustavo Leal.

Representantes da Sociedade Brasileira de Educação Comparada, da Casa Thomas Jefferson e do Colégio Ideal completaram a lista de convidados. Em uma hora de transmissão, eles ressaltaram como as aulas on-line e o ensino semipresencial, impostos pela pandemia da Covid-19, devem permanecer como uma prática nas instituições de ensino - da educação básica à educação profissional e tecnológica.

Gustavo Leal compartilhou a experiência do SENAI, que teve um aumento expressivo na oferta e nas matrículas de cursos on-line. “O que observamos nos estados é que esse problema acelerou o uso de tecnologias educacionais. Fechamos o ano com dois milhões de matrículas e, pela primeira vez, com a maioria em cursos a distância, que tiveram uma procura 60% maior em comparação com 2019”, comparou.

Ao comentar a transição do presencial para o on-line, ele destacou a importância de colocar o aluno no centro do processo e utilizar novas tecnologias e métodos, como inteligência artificial e estudo adaptativo. Com o desafio de qualificar jovens e adultos para o mundo do trabalho, o SENAI tem unido esforços para mudar o mindset da escola, do professor e do estudante.


“Saber fazer é um componente importante para educação profissional, então o desafio na pandemia foi maior. Os jovens são quase nativos digitais, já estão acostumados com as tecnologias. Precisamos descobrir como ajudar a população adulta, de 25 a 60 anos, que participa do mundo do trabalho e precisa, com urgência, adquirir novas competências”, alertou Gustavo Leal.


Escola do século XXI precisa de conectividade

Com a indústria 4.0 e o uso de máquinas interconectadas, o trabalhador precisa resolver problemas complexos, trabalhar em equipe e ter proatividade, o que impacta o ensino. Segundo o representante do SENAI, a economia do século XXI é baseada em conhecimento, que gera inovação, emprego, renda, investimentos.

Porém, como os outros participantes observaram, a escola do século XXI precisa avançar muito. Melhorar a conectividade nas escolas é o primeiro passo. Com a pandemia e a  interrupção das atividades escolares, ficou claro que o país, de maneira geral, não está preparado. 

“Quase a totalidade das escolas interditaram suas atividades, o que acentuou desigualdades que já existiam antes da pandemia. Sistemas educacionais terão período de muita atenção com os estudantes. Até porque ensino remoto não chegou para todos”, lamentou Remi Castioni, diretor da Sociedade Brasileira de Educação Comparada.

Na Casa Thomas Jefferson, a adaptação ao on-line levou cerca de duas semanas. “Foi um desafio de comunicação e adaptação na comunidade escolar, mas tivemos uma virada rápida graças a uma visão que tivemos lá atrás. E não é uma simples transposição do conteúdo para o meio digital. É uma transformação completa”, observou Clarissa Bezerra, especialista em Inovação e Gerente Corporativa Acadêmica da instituição.

Por fim, o educador e co-fundador do Colégio Ideal, Américo Silvano, reconheceu as dificuldades em um primeiro momento, mas comemorou que as lições foram aprendidas. “O saldo é positivo. A escola que montamos há 20 anos foi baseada no relacionamento interpessoal e você vê, do dia para a noite, isso se esvaindo. Começamos 2021 fortalecidos, corrigindo o que não deu certo e potencializando o que deu certo”.

Confira a página do especial do Metrópoles Educação do Amanhã - tendências e desafios para o ensino no novo normal.

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