
Os oceanos são a maior fonte de vida do planeta – entender, proteger e inovar para preservá-los é um desafio grande e urgente. Essa missão guia os mais de 2,2 mil estudantes que estão reunidos para o Torneio SESI de Robótica, realizado durante o 7º Festival SESI de Educação, em Brasília (DF).
Até sábado (15), estudantes de escolas públicas, particulares e do Serviço Social da Indústria (SESI) estão disputando uma classificação para o mundial de robótica da FIRST, em Houston (EUA). Mesmo que seja uma competição, os jovens, entre 9 e 19 anos, aprendem desde o primeiro contato com o ensino de robótica que, na verdade, o importante é a cooperação. Juntos, nessa edição, eles estão trabalhando em prol do cuidado e da preservação dos oceanos.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, ressaltou que os jovens são o futuro do nosso país e agradeceu o empenho dos alunos da rede SESI em compartilhar o conhecimento de robótica com outras escolas.
“Percebemos o aumento da presença de estudantes de outras escolas públicas e particulares. Isso é reflexo da cooperação entre os alunos do SESI com os demais e a divulgação da robótica por todo país”, destacou Alban.
“A gente compete, a gente disputa, mas a gente compartilha e se solidariza. Cada um de vocês está aqui pela sua equipe, sua escola e pelo seu estado. Esse evento é só um momento dentro do ciclo de aprendizado da robótica e é o momento de aproveitar ao máximo”, reforçou também o presidente do Conselho Nacional do SESI, Fausto Augusto Junior.
Disputas acirradas e passaporte para os Estados Unidos
A disputa nacional classificará 10 equipes para a competição internacional, prevista para acontecer entre os dias 16 e 19 de abril. São:
- 3 na FIRST LEGO League Challenge (FLLC),
- 3 na FIRST Tech Challenge (FTC),
- 4 na FIRST Robotics Competition (FRC).
Além disso, três equipes de F1 in Schools serão classificadas para a competição mundial da categoria, que acontecerá no segundo semestre de 2025, em um país ainda a ser definido. Historicamente, o país anfitrião da competição é o mesmo que sedia as finais do Grande Prêmio de Fórmula 1.
Desde que o SESI passou a organizar as competições da FIRST no Brasil, em 2012, mais de 45 mil estudantes participaram dos torneios, acumulando mais de 110 prêmios internacionais apenas na modalidade iniciante (FLLC).
Uma jornada de tecnologia e sustentabilidade: inovação e oceanos
Além de programar e construir robôs, as equipes também desenvolvem projetos de impacto social. Nesta temporada, os desafios giram em torno do tema "oceanos", incentivando os estudantes a pensarem em soluções para a preservação do meio ambiente e o uso sustentável dos recursos marinhos.
A equipe Dracarys, do SESI São Luís, por exemplo, produziu uma gaiola de mergulho utilizando como material o bambu. Além de ser mais resistente que a gaiola convencional, feita de aço, o projeto dos estudantes apresentou, por meio de testes, mais segurança aos mergulhadores.
Frederico Melo, 13 anos, é um dos integrantes da equipe e explica o motivo. “A gaiola de aço transmite ondas eletromagnéticas que atraem os tubarões por meio do seu órgão sensorial, o que coloca em risco o mergulhador, ao invés de protegê-lo”, explica.
Comunidade, diversidade e pioneiras: equipe indígena marca presença no torneio de robótica
Pela primeira vez, o evento conta com a participação da equipe JurunaBots, formada por estudantes da Escola Indígena Francisca de Oliveira Lemos Juruna, de Vitória do Xingu (PA). Mesmo que não tenham conseguido se classificar para a etapa nacional após a competição regional em Ananindeua (PA), a equipe foi convidada para apresentar seu projeto de inovação e participar de rounds amistosos com um robô LEGO, uma oportunidade única para aprimorar seus conhecimentos sobre o torneio.
A participação da equipe será um momento de troca cultural, destacando o verdadeiro significado da robótica, que vai além da criação de máquinas. Para os estudantes da comunidade Juruna, essa vivência representa a abertura de novas perspectivas e oportunidades para o futuro, reforçando o impacto social e educacional que eventos como este podem proporcionar.
Elas dominam! Festival SESI de Educação tem recorde de participação feminina
A participação feminina é a maior dos últimos anos, tendo subido de 42% em 2023 para 46% agora em 2025. As modalidades F1 in Schools e FIRST LEGO League Challenge (FLLC) são as que mais concentram competidoras. Além disso, o festival contará com um torneio de equidade de gênero, reforçando o compromisso com a inclusão e a diversidade na robótica.
A presença feminina é fundamental para a inovação no setor, trazendo novas perspectivas e soluções mais inclusivas. Com o aumento da participação das mulheres, o Festival SESI de Educação se torna um espaço essencial para o empoderamento e inspiração de jovens talentos na ciência e tecnologia.
Confira as fotos do Festival SESI de Educação!
Os melhores momentos do evento já estão disponíveis no nosso álbum no Flickr. Acompanhe as montagens dos robôs, os desafios das equipes e toda a energia da competição!
Acesse agora e veja de perto a inovação e a criatividade dos estudantes.