Começa em Brasília o maior Torneio de Robótica do país, promovido pelo SESI

Estudantes entre 9 e 16 anos passaram meses elaborando ideias para trazer inovações no aprendizado dentro e fora da sala de aula

O evento reúne 60 equipes de vários estados

Você já imaginou como os estudantes vão aprender no futuro? Parou para pensar como os jovens de 2050 formarão seus conhecimentos? Pois é. Um grupo de 600 estudantes com idade entre 9 e 16 anos levou meses projetando ideias para inovar o aprendizado dentro e fora da sala de aula. No sábado (14) e domingo (15), eles vão apresentar, em Brasília, o resultado desse trabalho no Torneio Nacional de Robótica FLL, organizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI).

Para Giovana, a educação é uma importante ferramenta de inclusão social

Para a estudante Giovana Saraiva Melo, 16 anos, da equipe Legosos e Furiosos, do SESI de Uberlândia (MG), a educação é essencial para o desenvolvimento das pessoas. “Toda evolução que nós tivemos até hoje foi por meio da educação, seja de maneira escrita ou oral”, argumenta. Pensando nessa evolução, a equipe mineira aposta na inserção dos surdos no mundo da música, para eliminar a exclusão que ocorre atualmente. Como isso é possível? Giovana explica que a tecnologia pode derrubar a fronteira das ondas sonoras. Ouça aqui.

E por que não acabar com os tradicionais métodos de avaliação? Sim, a prova pode até continuar na sala de aula, mas com espaço para outros formatos. É o que propõe a equipe Legos da Justiça, do SESI Planalto, de Goiânia. O estudante Miguel Paula da Cruz Neto, 14 anos, considera que é preciso ter mais alternativas na hora de saber se o aluno de fato aprendeu a lição. “Todos os alunos ficam muito nervosos na hora das provas. Mas se ele tiver a chance de mostrar o que aprendeu de outras formas em que se sinta mais a vontade, seria muito melhor. Que seja um seminário, por exemplo”, argumenta.

Para Miguel, discutir a educação é discutir o futuro. O jovem goiano pensa dessa forma porque também já imagina os próximos anos em uma faculdade de medicina. “Nós estamos inseridos nesse meio. Eu quero estudar muito ainda para ser médico. E tem muita coisa que pode avançar no processo de aprendizagem”, finaliza.

E é desse jeito, pensando lá na frente, que começou a etapa nacional do Torneio de Robótica nesta sexta-feira (13), em Brasília. O evento reúne 60 equipes de vários estados. Os 600 estudantes projetaram e programaram robôs para realizar missões e que serão desafiados em uma arena. Os jovens também desenvolveram projetos de pesquisa e ainda precisam manter o clima de união no grupo para chegar ao topo do pódio. Até porque, as equipes mais bem colocadas conquistam vagas para participar de torneios internacionais nos Estados Unidos, Austrália e África do Sul.

IMPACTOS PARA INOVAÇÃO – Presente à abertura do torneio, o diretor-superintendente do SESI, Rafael Lucchesi, deu um recado direto para os participantes. “Essa competição ajuda a preparar vocês para o futuro, que terá mais ciência, mais matemática e mais inovação. Vocês já são vencedores porque têm o gene da mudança do país”, afirmou. Para Lucchesi, Torneio é um grande incentivo para melhorar o futuro da educação brasileira. Ouça aqui.

A COMPETIÇÃO – O torneio é uma iniciativa do grupo Lego, da Dinamarca, e da organização americana FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology), realizado em mais de 80 países. No Brasil, o SESI é o organizador oficial do evento. Nessa temporada, o desafio dos estudantes foi pesquisar e apresentar propostas inovadoras para aperfeiçoar o aprendizado, dentro e fora das salas de aula. O objetivo é fazer com que essa experiência criativa desperte o interesse das crianças e adolescentes para as carreiras de engenharia e tecnologia.

MULTIMÍDIA - Todas as fotos do evento estão no perfil da CNI no Flickr. Acompanhe a disputa também pelo Facebook, Instagram, e pelo perfil do Torneio no Snapchat: @roboticafll.

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