Apaixonados por carros, pai e filho fazem juntos curso de mecânica

Hobby por carros antigos levou à formação em mecânica de automóveis no SENAI do Paraná

Carros são uma paixão na família de Swami Faria da Silva e Augusto Rieper Silva. Em 2015, pai e filho foram para o Rio Grande do Sul buscar um Ford Prefect 1938 para restaurar. O empenho e a parceria dos dois foram reconhecidos e premiados em todas as exposições que participaram por causa da raridade e originalidade do carro. “Guto acompanhou ativamente a restauração do nosso ‘velhinho’. Me acompanhava nas visitas a oficina, nas decisões de quais peças trocar e até mesmo qual cor pintar”, conta Swami, que é diretor de uma multinacional suíça no Brasil.

Em 2018, Guto e Swami começaram o processo de restauração de uma pick-up F100 1964. Desta vez, a ideia é transformá-lo em um Hot Rod: um carro moderno, seguro e veloz, com aparência de um automóvel antigo. “Este é o nosso ‘dino’, de dinossauro, por ser grande e barulhento”, comenta, rindo, Swami.

Quando Guto foi concluir o ensino médio, os pais procuraram uma escola que oferecesse também opções de carreira. Com o Sistema FIEP, encontrou a opção de conciliar a conclusão do ensino médio no Colégio do Serviço Social da Indústria (SESI) e o curso técnico em Manutenção Automotiva no Serviço Ncional de Aprendizagem Industrial (SENAI), na unidade Boqueirão. “Assim, Guto teve a oportunidade de conciliar um hobby e vislumbrar um mercado para atuar no futuro”, explica Swami.

Além de reforçar a paixão, o curso a multiplicou. Em abril, o pai se matriculou no mesmo curso. “A paixão por carros nos aproxima mais a cada dia. É difícil o dia que vamos dormir sem conversar ou trocar mensagens sobre veículos, corridas, drifts, ou seja, tudo que tem motores e rodas. E agora, com o curso, além de aplicar os conhecimentos na nossa pick-up, quem sabe eu e Guto não podemos entrar neste mercado juntos”, torce o pai.

OPORTUNIDADE DE INCLUSÃO - Além de conciliar a paixão com uma oportunidade de futuro, o SESI e SENAI foram escolhidos pela família de Guto pelas ações de inclusão.

Já formado, Guto tem dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e tanto a escola como o ensino técnico ofereceram acompanhamentos para o estudante. “Tivemos uma experiência muito positiva, com suporte de tutores durante as aulas e portas sempre abertas para discussões sobre o processo de aprendizagem. Trata-se de um incentivo enorme aos estudantes com algum tipo de dificuldade dando lhes algumas opções de vislumbrar o mercado de trabalho de uma maneira positiva”, conta o pai.

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