Aniversário do IEL: 55 anos de educação, inovação, pesquisa e gestão

Estágio, consultoria para empresas de todos os portes, educação executiva e bolsas para pesquisadores em grandes indústrias são os serviços oferecidos pelo Instituto

Hoje, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) comemora 55 anos. A instituição caçula do Sistema Indústria foi criada para, primeiramente, preparar e inserir jovens nas indústrias brasileiras por meio do estágio. Ao longo dessas cinco décadas e meio, novas iniciativas foram inseridas no currículo e serviços com foco em inovação, em educação executiva, no desenvolvimento e na gestão de negócios também fazem parte do escopo do Instituto.

Vencedora do Prêmio IEL em 2015 hoje é gerente sênior da Heinz em Dubai

Para incentivar que os estagiários das indústrias brasileiras passem por essa fase de uma forma ainda mais agregadora, o IEL promove o Prêmio IEL de Talentos, que era conhecido como Prêmio IEL de Estágio.

Criada em 2005, a competição surgiu para incentivar e dar mais visibilidade às boas práticas de estágio executadas por empresas, desempenhadas por estagiários, acompanhadas por supervisores e apoiadas por instituições de ensino.

Além disso, é uma oportunidade para que os jovens desenvolvam as habilidades interpessoais, conhecidas como soft skills, por estarem em contato com outros profissionais, apresentarem projetos e praticarem network nos encontros finais da premiação.

Foi assim que a engenheira de produção Fernanda Luiza Emediato Fernandes, 29 anos, conheceu pessoas na edição do Prêmio em 2015 e, atualmente, é gerente sênior de desenvolvimento de negócios na Kraft Heinz Company, em Dubai.

Mesmo tanto tempo depois, a capixaba não esquece da confiança que recebeu na época de estagiária no Brasil e faz questão de passar a mesma sensação adiante.

“Nunca deixei de me ver na mesma posição que eu estava lá no início. Da mesma forma que me foi dada uma abertura enorme naquela época, eu procuro dar para as pessoas que trabalham comigo, para desenvolver ideias. Eu vejo a chance de usar a minha história para incentivar pessoas e fico muito realizada quando vejo outros querendo seguir os meus passos”, explica Fernanda, que também vê muitas oportunidades de levar os conhecimentos das universidades para a indústria, seja no Brasil ou fora.

“É possível e devemos trazer os conteúdos das universidades para a indústria. Podemos empreender dentro das indústrias. É possível causar impacto dentro de grandes empresas”, conclui a engenheira.

De estagiário do IEL para empresário renomado nacionalmente

O Programa Nacional de Estágio do IEL atua como ponte entre estudantes e empresas. Mais de 1,5 milhões de alunos já entraram no estágio por meio do IEL. Um exemplo é o Paulo Palaez, 30 anos, empresário e CTO (chief technology officer) da Lovel.dev, que também foi estagiário do IEL-CE, em 2017, na área de Ciências da Computação.

Formado, ele entrou no mercado de trabalho rapidamente. Mas, em meio a pandemia, decidiu criar a Lovel, junto com sua sócia e esposa, Erika Palaez. O sonho era ter um negócio de Recursos Humanos (RH) que agilizasse a contratação de profissionais de tecnologia, de forma rápida e com excelência.

A ideia deu tão certo que 2023 foi um ano recheado de conquistas. Novembro do ano passado a empresa foi selecionada para receber um investimento do Google for Startups. A Lovel ficou entre os 10 escolhidos para a nova turma do Black Founders Fund, para o desenvolvimento do empreendedorismo negro no Brasil.

Além disso, nesse mesmo ano, a Lovel foi considerada uma das 10 melhores empresas do segmento de RH no Brasil. A startup está no Ranking 100 Open Startups 2023, que reconhece empresas atraentes para o mercado corporativo brasileiro.

Um dos grandes diferenciais está no cuidado com todos os funcionários, especialmente os estagiários. E adivinha quem faz a mediação entre os jovens talentos e a Lovel? O Programa de Estágio do IEL. Pra Paulo, é papel dos gestores abrir caminhos para o crescimento dos estudantes.

“Existe um plano de desenvolvimento para cada estagiário. Porque você tá determinando tempo, custo, investimento em um colaborador, então você quer que ele se desenvolva”, explica Palaez. Nos últimos meses, Paulo efetivou três estagiários da Lovel e já pensa em contratar novos talentos.

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