A redução de até 28% no custo da energia elétrica para a indústria, anunciada nesta terça-feira (11) pela presidenta Dilma Rousseff, vai desonerar o setor industrial, mas é insuficiente para tornar o setor produtivo nacional mais competitivo em relação a outros países.
A avaliação é do vice-presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco, Ricardo Essinger – também presidente do Conselho de Infraestrutura da entidade – que afirmou ser necessário um corte de pelo menos 50% no valor da tarifa para colocar o Brasil em pé de igualdade com o resto do mundo.
"É uma medida muito positiva e mostra uma pré-disposição do governo para desonerar a indústria, mas mesmo com a diminuição, o setor produtivo nacional continuará a pagar um das mais altas faturas de energia no mundo", avalia Essinger. A redução, que entra em vigor a partir de 2013, é de 16,2% para os consumidores residenciais e de até 28% para as indústrias.
O reajuste é resultado da redução ou desoneração de encargos setoriais do governo embutidos na conta e também da renovação de contratos de concessão do setor de energia. Segundo estimativas da CNI, o corte na tarifa diminuirá de 2% a 4% o custo de produção da indústria.