Queda dos juros depende das medidas do novo governo para ajustar as contas públicas, diz presidente da CNI

Entre as ações necessárias para o equilíbrio fiscal está a reforma da Previdência

A manutenção da taxa básica de juros em 6,5% ao ano foi acertada, diante do atual ambiente econômico que combina inflação dentro da meta de 4,5% fixada para este ano e fraca recuperação da atividade. A avaliação foi feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira, 31 de outubro, logo depois do anúncio da decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom)

A CNI lembra que a queda da cotação do dólar ao longo deste mês aliviou eventuais pressões sobre a inflação. Por isso, os juros básicos da economia devem permanecer em 6,5% ao ano nos próximos meses. “Passadas as eleições, a melhora das expectativas poderia abrir caminho para uma nova queda dos juros para estimular o consumo e os investimentos e, consequentemente, a recuperação mais robusta da atividade econômica”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. 

No entanto, Robson Andrade, destaca que a retomada da trajetória de queda dos juros depende das ações do governo eleito. “A política monetária será determinada, principalmente, pelas medidas econômicas, especialmente das reformas necessárias ao ajuste das contas públicas, como a da Previdência e a tributária”, diz o presidente da CNI. 

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