A lenta recuperação da atividade prejudicou a produtividade da indústria de transformação brasileira. No primeiro trimestre deste ano, a produtividade do trabalho no setor recuou 0,9% em relação ao quarto trimestre de 2017, interrompendo uma sequência de sete trimestres de alta. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o indicador registra alta de 3,4%, informa o estudo Produtividade na Indústria divulgado nesta terça-feira (5), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com o estudo, a produtividade no trabalho é resultado da divisão do volume produzido pela quantidade de horas trabalhadas na produção. Na comparação do primeiro trimestre deste ano com o último trimestre de 2017, as horas trabalhadas na produção cresceram 0,5%, mas o volume produzido caiu 0,4%, diz a CNI.
"A oscilação no ritmo de crescimento da demanda causa frustrações nas expectativas, com repercussões no ritmo da produção e, consequentemente, da produtividade no curto prazo. No entanto, no longo prazo, a expectativa é que a produtividade mantenha-se em crescimento", afirma o estudo.
Em 2017, a produtividade do trabalho aumentou 4,4%. Nos últimos dez anos, encerrados em 2017, o indicador subiu 8,2%. Na avaliação do gerente-executivo de Pesquisas da CNI, Renato da Fonseca, as forças que elevaram a produtividade em 2016 e 2017 – medo do empresário de sair do negócio e dos trabalhadores de perder o emprego – continuam em ação.
SAIBA MAIS - Veja os detalhes do estudo Produtividade na Indústria.