Pré-candidato à Presidência, Aldo Rebelo defende crescimento com investimentos públicos e privados

Ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-ministro, Aldo Rebelo fez uma defesa firme de ações que apoiem, incentivem e fortaleçam os setores produtivos nacionais

Segundo Rebelo, as reformas são importantes e necessárias, mas antes é preciso sanar a dívida pública para sanar a crise fiscal instalada no país

Restabelecer o equilíbrio fiscal e retomar o crescimento econômico do país passam pela repactuação da dívida pública do país, uma política integrada entre investimento público e privado e aprovação das reformas. É o que defendeu o pré-candidato a Presidência da República, Aldo Rebelo (Solidariedade), em coletiva de imprensa na Casa da Indústria, antes da realização do Fórum FIERN Caminhos do Brasil, na última sexta-feira (15).

Para a economia brasileira voltar a crescer, Rebelo defende a criação de ambiente favorável ao investimento privado como também dos instrumentos favoráveis a retomada do investimento público. “Nossa preocupação é que o Brasil tenha um projeto de retomada do crescimento integrado para o país. Ele só volta a crescer com investimentos, mas o público está dificultado pela situação fiscal e o privado travado por uma crise de confiança e burocracia”, afirma Rebelo.

Segundo ele, as reformas são importantes e necessárias, mas antes é preciso sanar a dívida pública para sanar a crise fiscal instalada no país. “O Brasil precisa ter também mais critério nos gastos e nos investimentos. É possível ainda cortar gastos, além do teto dos gastos. Mas para o que? O país tem um teto de R$ 179 bilhões, só da União, além de estados e municípios. É preciso uma repactuação para que todos possam pagar”, afirma.

As reformas da previdência, tributária e políticas devem ser regidas por dois critérios, o primeiro a retomada do crescimento econômico e o segundo, a redução das desigualdades sociais do país, que voltaram a crescer no último ano. “As reformas devem ser feitas com amplo debate democrático e transparente, com todos os segmentos envolvidos e afetados”, afirma.

Com um discurso que ele classifica como “nacionalista”, o pré-candidato frisa ser necessário “remover os obstáculos ao crescimento econômico” para resolver o problema fiscal, de investimentos e desemprego, além de fortalecer e proteger quem produz, quem gera imposto. “Este não é um discurso liberal, mas um discurso de defesa do país, um discurso nacionalista. Todo país que deu certo priorizou o interesse nacional e soube combinar, na economia, a participação do setor privado e do Estado”, acrescenta ele.

VALORIZAÇÃO DO SETOR PRODUTIVO - Ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-ministro, Aldo Rebelo fez uma defesa firme de ações que apoiem, incentivem e fortaleçam os setores produtivos nacionais. Em palestra para dirigentes e gestores do Sistema FIERN e lideranças empresariais, ele destacou que o país só conseguirá enfrentar os seus principais problemas com a retomada de investimentos públicos e privados. “Sem crescimento, não tem solução”, disse.

Para a retomada do investimento público, afirmou o pré-candidato, é preciso enfrentar o déficit nas contas governamentais. Ele apontou que, nesta direção, é prioritário o enfrentamento da dívida pública, o que poderia abrir a possibilidade de uma redução do desequilíbrio nas finanças dos Governos federal, estaduais e municipais.

Para que o setor privado amplie essas possibilidades de investimentos, afirmou Aldo Rebelo, é necessário diminuir a burocratização, o excesso de normas e arbitrariedades contra a produção. Ele acrescentou que se uma lei gera excesso de multas, “algo está errado”. “Os órgãos de fiscalização e controle não podem impedir o país de crescer”, comentou.

Em sua avaliação, a insegurança jurídica também trava a atividade produtiva. Por isso, ele defende que o próximo presidente faça um “inventário” na legislação “constitucional e infraconsticional” que permitam arbitrariedades e, a partir daí, revogue essas normas, em diálogo com o Congresso Nacional.

Aldo Rebelo é o 4º pré-candidato a expor propostas e projetos para o país no Fórum, realizado pelo Sistema FIERN. Já participaram do evento os pré-candidatos João Amoêdo (NOVO), o senador Álvaro Dias (PODEMOS) e o deputado Jair Bolsonaro (PSL).

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