Embora o ritmo de crescimento da economia do Nordeste tenha sido superior à média nacional, a renda per capita dos moradores da região ficou muito abaixo da dos demais brasileiros. Em 2011, enquanto o PIB per capita do país alcançou R$ 21,5 mil, o do Nordeste foi de apenas R$ 10,3 mil. A renda per capita do Nordeste equivale a pouco mais de um terço dos R$ 28,3 mil do Sudeste e menos da metade dos R$ 24,3 mil do Sul.
As informações estão no primeiro número da publicação Desenvolvimento Regional em Foco, lançada nesta terça-feira (27), na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. A redução das disparidades na renda per capita, avalia o boletim, depende do aumento dos investimentos nas regiões menos favorecidas. "É necessária uma revisão nos critérios de destinação dos recursos públicos, uma vez que regiões com defasagem econômica sofrem de diversos problemas estruturais que reduzem sua atratividade ao investimento privado", diz o informe.
Organizada pelo Conselho Temático de Integração Nacional da CNI, a publicação trimestral discutirá os principais temas e estratégias para promover o crescimento econômico e social das regiões menos favorecidas. O primeiro número também traz duas entrevistas: uma com a cientista social Tânia Bacelar, professora do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e outra com o empresário Jorge Côrte Real, presidente do Conselho Temático de Integração Nacional da CNI e da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco.
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