Fórum da CNI vai promover diversidade e lideranças femininas na indústria

Composto por 26 executivas de diversos setores empresariais, o Fórum Nacional da Mulher Empresária vai elaborar e acompanhar estratégias para ampliar a participação feminina

O FNME vai elaborar e acompanhar estratégias para ampliar a participação feminina no mercado de trabalho

Nesta quarta-feira (25), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) criou o Fórum Nacional da Mulher Empresária. O lançamento, feito pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, contou com a presença de boa parte das integrantes do fórum. A iniciativa será responsável por formular e acompanhar políticas de contratação sem distinção de gênero, desenvolvimento de competências, ampliação da diversidade na indústria e a expansão de oportunidades para empresas lideradas por mulheres.

Segundo Robson Braga de Andrade, é necessário que a CNI participe de iniciativas em prol da diversidade e competitividade.“O objetivo dessa iniciativa é estabelecer um marco, que impacte todos os setores da indústria. É da natureza da CNI promover o debate sobre a diversidade e a inclusão o ambiente de trabalho como ferramenta para elevar a inovação, a produtividade e a competitividade empresarial”, discursou Andrade, no lançamento do fórum no estúdio da CNI, em Brasília.

Quem preside o FNME é a diretora do Grupo Bandeirantes, Mônica Monteiro. Na fala, ela citou a história de Macabea, personagem criada pela escritora Clarice Lispector no romance A Hora da Estrela – para reforçar que “o futuro somos nós”.

“Nós mulheres estamos conquistando ocupações importantes, mas ainda temos muita coisa para fazer. Incentivar mais mulheres a ocuparem espaços de trabalho é algo urgente na nossa sociedade”, destacou a diretora da Band, que atualmente é a única mulher brasileira na G100, uma lista com as 100 mulheres líderes do mundo com uma visão para o futuro.


Acesso ao crédito e futuro da indústria de energia estão na agenda

Dois paineis de discussão sucederam o lançamento e abordaram o acesso ao crédito para empresas lideradas por mulheres e também o futuro da energia. 

Daniella Marques, secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, participou do primeiro painel e defendeu que o acesso ao crédito precisa ser desburocratizado. “Quando falamos de crédito, precisamos de desburocratização e digitalização”, disse ela, que também apresentou o programa de crédito Brasil para Elas, do Governo Federal.

“Eu queria criar um programa para empreendedorismo feminino. A gente quer dar assistência, mas a gente também precisa impulsionar essas mulheres. Esse ano, para mim, é o ano da mulher. As mulheres querem ser donas dos seus negócios, querem ser livres financeiramente, independentes. Os direitos já foram conquistados, mas muitas coisas mudaram, inclusive o modelo de formação familiar”.

“Com a união que criamos hoje, espero que essas barreiras sejam derrubadas”, finalizou Daniella.


Também integram o painel vice-presidente do Santander, Patrícia Audi; a presidente do Standard Bank, Natalia Dias; e o vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Celso Leonardo Barbosa.

Em seguida, o segundo painel contou com a presidente da WTC Índia, Khair Ull Nissa; a presidente AES, Clarissa Sadock; o vice-presidente COMERC, Pedro Kurbhi; e a conselheira da Câmara de Comercialização de energia Elétrica (CCEE), Rose Santos.


“O Brasil precisa ver a Índia como uma porta de entrada não apenas para o mercado indiano, mas também para os países do oriente médio e do sudeste asiático. Assim como nós vemos o Brasil como porta de entrada para a América do Sul. Somos países “porta de entradas” e isso por ser um catalisador do potencial comercial dos dois países. Podemos criar uma rede para aumentar o comércio, para facilitar as transferências tecnológicas, compartilhamento de tecnologias para facilitar investimentos”, destacou Khair Ull Nissa, sobre o futuro da energia. Ela participou do evento de forma virtual.


No estúdio, Pedro Kurbhi, Clarissa Sadock e Rose Santos abordaram e defenderam a transição energética. “Militamos no setor elétrico, nós três acho que posso dizer, em busca de um mercado energético cada vez mais liberalizado, democratizado, com acesso à energia barata e competitiva para todos”, reforçou o vice-presidente da COMERC.

Vice-presidente COMERC, Pedro Kurbhi

CNI assina acordo de cooperação com Brasil para Elas

Durante o lançamento do Fórum Nacional da Mulher Empresária, também foi assinado o acordo de cooperação para o programa de financiamento Brasil para Elas. O acordo sela parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e Serviço Social da Indústria (SESI) com a Secretaria Especial da Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia (SEPEC), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Juntas, as instituições se comprometem em promover um ambiente favorável ao desenvolvimento do empreendedorismo feminino e facilitar o acesso aos instrumentos, serviços e ações que contribuem para a autonomia econômica das mulheres brasileiras.

Relacionadas

Leia mais

CNI lança Fórum Nacional da Mulher Empresária
Elas por elas: mulheres contam suas trajetórias no mundo empresarial
Fortalecer as mulheres torna as cidades mais inteligentes e acolhedoras

Comentários