Empresários confiam na aprovação da reforma da Previdência, diz presidente da CNI

Robson Braga de Andrade diz que o Brasil teria economia de cerca de R$ 1 trilhão até 2028 se as mudanças nas regras da aposentadoria estivessem em vigor desde 1º de junho deste ano

O presidente da CNI lembrou os avanços feitos pelo governo Temer que permitiram a recuperação da confiança dos empresários e a retomada da atividade econômica

A reforma da Previdência é fundamental para o futuro do Brasil. A afirmação foi feita pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, nesta terça-feira (12), durante a reunião com o presidente da República, Michel Temer.  No evento que reuniu 75 líderes empresariais no Palácio do Planalto, Andrade destacou que, conforme cálculos da CNI, o Brasil teria uma economia de cerca de R$ 1 trilhão até 2028 caso a reforma da Previdência estivesse em vigor desde 1º de junho deste ano.

Os cálculos mostram ainda que a nova reforma deve proporcionar uma economia de R$ 600 bilhões até 2028. "É um valor importante para o país. Isso poderia ser aplicado em escolas, hospitais, segurança pública", disse Andrade. Por isso, afirmou ele, os empresários devem se empenhar em mostrar aos parlamentares a importância das mudanças nas regras de aposentadoria. "Nós confiamos na aprovação da reforma", acrescentou.

O presidente da CNI lembrou os avanços feitos pelo governo Temer que permitiram a recuperação da confiança dos empresários e a retomada da atividade econômica. Entre os exemplos, citou a reforma da legislação trabalhista, a regulamentação do trabalho terceirizado, o fim do regime de partilha no pré-sal e o programa de recuperação das dívidas fiscais. "Tudo isso faz com que os empresários enxerguem o país de outra forma e tenham ânimo para trabalhar, investir, criar empregos e melhorar a renda do trabalhador",  ressaltou Andrade.

Na reunião com os empresários, o presidente Michel Temer afirmou que o Brasil precisa completar o ciclo de reformas. Para isso, deve aprovar a reforma da Previdência imediatamente. Temer reconheceu que há resistências no Congresso e acrescentou que entende a preocupação dos parlamentares com as eleições de 2018.

Entretanto, lembrou que o déficit crescente da Previdência está levando estados e municípios à falência. "Se deixarmos a reforma para daqui a dois ou três anos, teremos de fazer mudanças radicais", disse o presidente. Ele citou como exemplo o caso de Portugal que teve de cortar o valor das aposentadorias para ajustar as contas previdenciárias.  Temer afirmou ainda que, depois da Previdência, o governo pretende implementar a simplificação tributária.

Também participaram da reunião no Palácio do Planalto, os ministros Henrique Meirelles, da Fazenda, Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil, Moreira Franco, chefe da Secretária-Geral da Presidência, o líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA). 

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