Confiança do consumidor cai pela segunda vez consecutiva, diz CNI

INEC recuou para 47 pontos em junho. Queda do indicador foi puxada especialmente pela piora das expectativas em relação ao desemprego e ao maior endividamento das famílias

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) caiu 1,4 pontos em relação a abril e ficou em 47 pontos neste mês. Foi a segunda queda consecutiva do indicador, que continua acima da média histórica de 46,1 pontos, informa a pesquisa divulgada nesta quinta-feira (27) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O ICEI varia de zero a cem pontos. Quando está abaixo dos 50 pontos mostra que consumidores estão sem confiança.

A queda da confiança em junho é resultado, especialmente, da piora da percepção dos brasileiros sobre o emprego e o aumento do endividamento das famílias. O índice de expectativas em relação ao desemprego subiu de 54,7 pontos para 56,4 pontos. O índice de endividamento aumentou de 49 pontos para 51 pontos. Os indicadores variam de zero a cem pontos. Quando mais acima dos 50 pontos, maior é a expectativa de aumento do desemprego nos próximos seis meses e maior é o nível de o endividamento das famílias. 

A confiança dos brasileiros é menor entre os moradores da região Nordeste, onde o INEC recuou para 45,3 pontos neste mês. No Norte/Centro-Oeste, o índice é de 47,7 pontos, no Sudeste, de 47 pontos, e no Sul, de 49,3 pontos. 

Entre as diferentes faixas etárias, a maior queda do otimismo foi registrada entre as pessoas que têm entre 35 e 44 anos de idade. Nessa faixa da população, o INEC caiu 2,7 pontos entre abril e junho e está em 45,9 pontos. “O INEC também recuou  para todos os graus de instrução, sobretudo entre aqueles com ensino médio e superior”, diz a pesquisa. Entre os que têm ensino superior, a queda foi de 2,1 pontos e o INEC ficou em 47,5 pontos. Com a retração de 1,9 pontos, o INEC ficou em 47 pontos entre os que têm o ensino médio.

O INEC é um indicador que ajuda a antecipar variações na atividade econômica. Consumidores menos confiantes tendem a diminuir as compras. Com a redução do consumo, aumentam as dificuldades de recuperação da economia.

Feita em parceria com o Ibope, esta edição do INEC, que agora é trimestral, ouviu cerca de 2 mil pessoas em todo o país de 20 a 23 de junho. 

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