A confiança e as expectativas dos empresários e da população são termômetros importantes da economia de um país, porque o nível de otimismo ou de pessimismo aponta tendências de consumo e de investimentos, dois dos principais motores da atividade e do emprego.
Quando estão otimistas, os empresários tendem a fazer investimentos e os consumidores ficam mais dispostos a comprar. O aumento dos investimentos e do consumo alimenta o crescimento econômico e a criação de empregos. Em tempos de pessimismo, os investimentos e o consumo diminuem, desacelerando a atividade econômica.
Por isso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) elabora, a partir de pesquisas mensais e trimestrais, indicadores que avaliam a confiança e as expectativas de empresários e consumidores. Conheça cinco indicadores de confiança da CNI:
1. Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI): Mostra, mensalmente, a percepção dos industriais sobre as condições atuais de negócios e as perspectivas para os próximos seis meses sobre o desempenho das empresas e da economia. Em abril deste ano, o ICEI alcançou 56,7 pontos. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.
2. Índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI-Construção): Revela a percepção dos empresários da indústria da construção sobre o desempenho atual e as expectativas futuras da economia e da própria empresa. Em março o indicador ficou em 57 pontos, acima da média histórica que é de 52,9 pontos. Os indicadores do ICEI-Construção variam de zero a cem pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.
3. Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC): O indicador mensal considera as expectativas dos brasileiros sobre a evolução da inflação, do desemprego, da renda pessoal, do endividamento e da situação financeira. Também mostra a disposição do consumidor para fazer compras de maior valor, como móveis, eletrodomésticos e outros. Em março, o INEC ficou em 101,9 pontos, abaixo da média histórica que é de 108 pontos, indicando que a confiança dos brasileiros ainda está baixa. Com isso, a tendência é que o consumo das famílias, um dos principais motores da economia, cresça em ritmo moderado nos próximos meses.
4. Índice de Medo do Desemprego (IMD): O indicador trimestral mostra o quanto os brasileiros estão ansiosos com a possibilidade de perder o emprego ou que alguém da sua família fique desempregado. Em março, o índice de Medo do Desemprego alcançou 63,8 pontos e está acima da média histórica, que é de 49,2 pontos, indicando que as pessoas estão preocupadas com o emprego. A pesquisa é feita com mais de 2 mil pessoas em cerca de 120 municípios brasileiros.
5. Índice de Satisfação com a Vida (ISV): Outro índice trimestral mostra o sentimento do brasileiro em relação à própria vida. Em março, o índice de satisfação com a vida subiu para 67,5 pontos em março e se aproximou da média histórica que é de 69,8 pontos. A pesquisa ouve mais de 2 mil pessoas em cerca de 120 municípios brasileiros e é feita junto com o Índice de Medo do Desemprego.