Mas há alternativas que podem ser melhor exploradas, como os fundos constitucionais e de fomento regional, além de novas modalidades de linhas de financiamento. As opções foram apresentadas aos integrantes do Conselho Temático de Micro e Pequenas Empresas (Compem) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), nessa segunda-feira (24).
O secretário de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais do Ministério da Integração Nacional, Raphael Rezende Neto, detalhou recursos e possibilidades dos Fundos Constitucionais, instrumentos de fomento ao desenvolvimento das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste que podem financiar entre 50 e 100% de um projeto. Segundo ele, só em 2015, serão cerca de R$ 24 bilhões em caixa, sendo que os recursos não estão sujeitos à contingenciamento e devem ser contratados, preferencialmente, por empreendimentos de pequeno e médio porte.
"Sabemos que os empresários de pequenos negócios têm sentido mais a restrição ao crédito, mas há muitas oportunidades de financiamento. Temos de torná-los mais conhecidos ", afirmou Rezende. O secretário disse que a ideia é visitar os estados para apresentar os fundos constitucionais ao setor produtivo e popularizar o acesso aos recursos. Dos R$ 9,6 bilhões investidos pelos fundos até julho de 2015, a indústria usou apenas R$ 928 milhões, pouco menos de 10%.
Representantes do Banco do Brasil também expuseram as modalidades de crédito desenhadas para micros e pequenos negócios. Entre elas, estão opções direcionadas para exportações, capital de giro, aquisição de máquinas etc.
"O papel do conselho é discutir soluções e alternativas aos problemas enfrentados pelas pequenas empresas. As informações apresentadas aqui são multiplicadas nos estados e nos ajudam a avançarmos nas realidades locais", disse o presidente do Compem e da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Amaro Sales.