64% dos brasileiros esperam liquidações para comprar bens de maior valor

A pesquisa mostra que as mulheres são mais cuidadosas que os homens - elas esperam mais os saldões do que eles: 67% delas, contra 60% deles

O brasileiro é cauteloso na hora de adquirir bens de maior valor, como eletrodomésticos, eletrônicos, móveis e veículos. Nove em cada dez pessoas (91%) comparam preços antes de realizar a compra e 64% esperam o período de promoções para comprar.

A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira - Perfil do Consumidor Brasileiro, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 15.414 pessoas em 727 municípios com o objetivo de conhecer melhor o consumidor brasileiro, mostra que o preço baixo é o fator mais relevante para definir a compra de um produto (56%). Em segundo lugar, aparece a qualidade e durabilidade do produto (49%). Além disso, 78% ainda barganham o valor antes de fechar o negócio.

A pesquisa mostra que as mulheres são ainda mais cuidadosas que os homens. Elas esperam mais os saldões do que eles - 67% delas contra 60% deles. E para a maior parte dos bens, a proporção de consumidores que pesquisam preços é maior entre as mulheres do que entre os homens. Considerando uma lista de oito segmentos de produtos, apenas no caso dos veículos eles comparam mais que elas. 

"Vemos que o consumidor está mais maduro e isso obriga as empresas a melhorarem a qualidade do produto e do serviço. É importante conhecer o consumidor para entregar o bem e o serviço que ele quer, na qualidade e preço que ele demanda", afirma o gerente executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca. Ele cita como exemplo o fato de dois terços das pessoas (65%) procurarem informações sobre o serviço de pós-venda do produto. E 72% que consideram o consumo de energia de eletrodomésticos e eletrônicos antes de decidir. 

PREOCUPAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE - Metade dos entrevistados diz que estaria disposto a pagar mais por bens cuja produção é ambientalmente correta, ou seja, que adota procedimentos menos agressivos ao meio ambiente. No entanto, 52% dizem não fazer separação do lixo para reciclagem em suas casas. "O consumidor está mais consciente e a indústria já está se adaptando às essas exigências", afirma Renato da Fonseca. 

PRODUTOS PIRATAS - Quase metade dos brasileiros (47%) afirma que compra sempre ou às vezes produtos piratas. Apenas 28% dizem nunca comprar. O percentual dos que compram aumenta à medida que reduz a renda familiar - 56% dos que ganham até um salário mínimo compram pirata sempre ou às vezes, contra 41% dos que possuem renda superior a cinco salários mínimos. 

LOCAL DE COMPRA - Entre os entrevistados, apenas 27% já realizaram alguma compra pela internet. Desses, 92% estão satisfeitos ou muito satisfeitos com a experiência. Os bens mais comprados são os eletrônicos (51%), eletrodomésticos (27%) e calçados, bolsas e acessórios (17%). As lojas do centro da cidade ou as lojas de bairro são preferidas em relação aos shopping centers na hora de comprar a maioria dos produtos. Para comprar roupas, por exemplo, 64% dos entrevistados preferem as lojas do centro, seguidas por 20% que preferem as lojas de bairro e 11% os shoppings. 

FORMA DE PAGAMENTO - As mulheres são mais adeptas dos cartões e dos crediários de lojas do que os homens. Das entrevistadas, 40% preferem os cartões de débito e de crédito, 18% os cartões de lojas e 40% optam pelo dinheiro. Já os consumidores do sexo masculino dão preferência ao dinheiro (49%), seguido pelos cartões de crédito e débito (36%) e os crediários de lojas (13%). 

SAIBA MAIS - Acesse a publicação na íntegra na página da pesquisa.

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